quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A sujeira contrasta com a beleza do mar e da veranista.


O abandono representado pela desleixo das autoridades municipais de SFI contrasta com a beleza da natureza e da jovem veranista em um dia de verão, nas areias do mar de Guaxindiba, próximo a vazante, entre Guaxindiba e Sossego. A lente do blog continua atenta. Lementável.

Um comentário:

Unknown disse...

Eu gostaria de saber quantos milhões de reais são necessários para se limpar pelo menos a orla das nossas praias. Ou será que não se trata de dinheiro, mas sim de capricho e boa vontade? Acredito que a última opção é mais coerente. Pobreza e limpeza são coisas totalmente desassociadas. O fato do município ser "pobre" não significa que ele tem que ser sujo, salvo quando tal sujeira é apenas um reflexo material da incompetência de quem é responsável pela manutenção de tal trabalho. Existe um serviço de limpeza, mas é precário. Aparentemente, trata-se de uma empresa terceirizada, que pelo visto não tem prestado tal serviço de maneira satisfatória. Aliás, um dia desses meus olhos encheram d'agua quando vi algumas funcionárias tirando alguns objetos do calçadão. O detalhe não era o que elas estavam fazendo, mas como elas estavam fazendo. Eu entendo que todo trabalho quando honesto é digno. Um gari possui a mesma dignidade que um ministro do STF. Ambos merecem respeito pois trabalham de acordo com a oportunidade que tiveram, e nem todos têm as mesmas. Mas o que me chamou a atenção foi ver uma senhora, aparentando uns cinquenta ou sessenta e poucos anos, com uma camisa velha e suja enrolada na cabeça, sob um chapéu de palha protegendo-se do sol forte, uma bermuda jeans surrada, uma blusa bastante deteriorada. Tinha uma vassoura grande nas mãos, não usava luvas. O rosto triste, parecia muito cansada. Aquilo me chocou porque ela estava prestando um serviço para toda a coletividade, para a municipalidade, mas não deram a ela condições humanas. Ela estava trabalhando sim, mas sem dignidade. Não tinha um uniforme legal, um boné personalizado. Parecia uma ESCRAVA paga com dinheiro público. Isso me emocionou, me revoltou. Alguns podem até dizer que ela estava ali porque queria. Mas ela estava ali porque precisava. E é muito duro alguém precisar e não ter alternativas. Mas, cada povo.... enfim. Cenas como essa podem ser vistas todos os dias. Seria interessante que a lente do blog registrasse uma cena parecida para aumentar o debate sobre a questão da limpeza pública em São Francisco e sua forma de execução. Estou fazendo um esforço muito grande para não criticar o governo municipal, que está na UTI, em coma e pretende já doar alguns órgãos... Pretendo não me manifestar mais sobre assuntos dessa natureza, até mesmo por uma questão de higiene. Um abraço.