terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cassação de mandato: vereadora se defende de acusação de compra de votos

Cassação de mandato foi surpresa para a vereadora Adriana Coelho.
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Disse, ainda, que por coincidência cassação do mandato, todas as duas vezes, foi após apresentar denuncias contra o Executivo.
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Fotos: Rosane Berto.

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A vereadora cassada Adriana Coelho (PDT) participou, hoje, terça-feira, 09-11 do jornal “São Francisco é Notícia” na Rádio São Francisco FM. Ao começar a sua fala a vereadora fez agradecimentos a Deus, aos filhos, a família, aos poucos, mais verdadeiros amigos, aos vereadores Jamilton, Jaredio, Tininho, Claudinho, Renato de Buena, aos advogados que compõe o seu corpo jurídico e aos seus 1078 eleitores que não jogaram o voto fora.

Vereadora diz que não houve compra de votos

A vereadora disse que não usou combustíveis para compra de votos. “O que aconteceu foi uma busca e apreensão em um posto de combustíveis onde foram apreendidos tickets no valor de R$256 reais, doação, para minha campanha”, argumentou.

A vereadora, que ao citar o nome do Juiz Leonardo Cajueiro D’azevedo trocou o sobrenome de Azevedo por Amaral, disse que o meritíssimo está cumprindo com sua obrigação, fazendo o que tem que ser feito. “Assim como eu também vou recorrer, porque tenho plena convicção que não usei o poder econômico e não posso ser enquadrada no Art. 41ª, captação ilícita de sufrágio.”

Em seguida lembrou que na mesma Comarca existem dois processos parecidos com o dela que é do prefeito Beto Azevedo e do vereador Sergio Elias que também estão enquadrados no 41ª e até agora nada foi feito. “Gostaria que a justiça que foi feita para mim, seja feita também para o prefeito e o vereador Sergio Elias”

Suspeitas e perseguições

“É muito interessante que em setembro de 2009 quando comecei a fazer alguns pedidos de informações ao Executivo, principalmente a respeito da empresa Talles, que atua na coleta de lixo, e recebe cerca de R$300 mil reais por mês, cinco dias depois, após este pedido de informação, tive meu mandato cassado”, retrucou a vereadora Adriana Coelho.

Vereadora diz que não consegue entender cassação



Em outro forte depoimento a vereador Adriana Coelho diz: “Agora, mais uma vez, quando tomei a decisão de estar vistoriando obras no município, fiscalizar a educação com escolas superlotadas, prédios em má condições de uso, professores que tiveram o plano de cargo e salário votado na Câmara em 30 de dezembro do ano passado e, até hoje não receberam. Quando começo a lutar pelo povo, mais uma vez, vem a minha cassação. Não consigo entender”, completa.


A vereadora lembrou que a sentença esta assinada desde o dia quatro revelando que a reunião do Legislativo onde fez os seus questionamentos ocorreu dia 3. E deixou a pergunta: Será que é coincidência?


Vereadora reclama de perseguição

“Eu tenho sido perseguida desde o dia em que venci as eleições”, disse. Meu suplente chegou a afirmar que não assumiria o cargo, mais fui diplomada.

Disse que em nenhum momento questiona a decisão da justiça

A vereadora Adriana Coelho disse que não esta questionando a decisão do Juiz Leonardo Cajueiro. Disse que iria recorrer da decisão por ter convicção que não participou de compra de votos e que não poderia ser enquadra do Art. 41 A capitação ilícita de sufrágio. "O valor de R$256,00 que foi apreendido no posto de combustível, volto a repetir, consta na prestação de contas que foi aceito pelo mesmo Juiz sem ressalvas”, diz.

“Não consigo ainda entender, porque estou enquadra no Art. 41 A. E, quando eu disse das perseguições eu não me referi ao doutor Juiz. As perseguições que venho sofrendo são por parte do Executivo. Em plenário, por duas vezes consecutivas, cheguei a ser intimidada pelo vereador Kademar Cordeiro”, conta.

Cassação do mandato foi surpresa

A vereadora disse que tinha plena convicção, depois que as testemunhas foram ouvidas no processo que o Juiz mudaria sua decisão. “Infelizmente o Juiz optou por manter a cassação. Todas as testemunhas afirmaram que não houve denuncia em nome da vereadora Adriana Coelho e sim em nome do candidato a prefeito do PDT, Fauazi Cherene no momento em que houve busca e apreensão no Posto de Combustível”, reclama. A vereadora alega que infelizmente haviam alguns vales de combustíveis para abastecer carros de som, que consta da prestação de conta no Posto. “Eu não participei da busca e apreensão e não sabia nada disso, eu não fiz compra de votos”, desabafou mais uma vez a vereadora.

“Com 256 reais é impossível comprar 1068 votos, isso é uma questão de lógica”, argumenta.

Por fim disse a vereadora: “Vou lutar para que todas as irregularidades denunciadas contra Executivo sejam apuradas e quanto ao meu processo, tenho fé em Deus que conseguirei a vitória , confio em Deus e na minha equipe jurídica. Mas se não for da vontade de Deus voltarei a minha profissão de educadora”, concluiu.

Um comentário:

marcos disse...

votei no beto achando que ia haver mudança, mas infelizmente isso não aconteceu, eu achei que com mais de 17 mil votos e com mais de 60% dos votos ele ia fazer um bom governo mas………
ate o hospital manoel carola só foi pintado por fora, por dentro continua a cor da administraçao antiga sem contar na falta de remedios e medicos.como o hospital do ponto o nosso municipio nem de aparencia esta vivendo.Marcos de Sá Carneiro Barra do Itabapoana