Caro Alan. Tomei a liberdade de publicar o seu comentário, por considerar últil para o debate em torno de tema tão complexo. Aproveito a oportunidade e convido os ouvintes da Rádio São Francisco FM para participar pelo telefone do debate sobre transporte coletivo em SFI. São nossos convidados, para este sábado dia 20-10-07, o empresário Gilson Menezes proprietário da Rogil empresa de ônibus e do Coronel Amilton, presidente da Emtransf (Empresa Municipal de Trânsito). Convido também um representante das vans. Acredito que só através do diálogo franco e transparente poderemos buscar solução para o problema do transporte. Assim, acredito sincieramente que nossa Rádio São Francisco FM, com este debate, está dando sua contribuição. O debate começa às 8 horas deste sábado. Mas, vamos a opinião acolhida por este Blog do Alan.
O caos no transporte coletivo em SFI é um dos maiores exemplos do completo descompromisso do poder público (executivo e legislativo) com a qualidade de vida da população. Santa Clara, Sossego e Gargaú simplesmente não são atendidos por ônibus circulares. Existem somente vans. A grande maioria delas é sucateada, suja, dirigidas por pessoas sem educação e sem a devida habilitação. Há exceções, mas são muito poucas.
Somos atendidos por uma clandestinidade oficializada pela inércia da administração pública. Ditam os preços, ditam as rotas, ditam os horários de acordo com o interesse particular deles. A prefeitura não se manifesta.
A câmara não reage efetivamente. O município é pobre, mas os preços das "passagens" das vans são os mais caros da região. Não tenho nada contra o transporte alternativo. Mas é necessário que haja realmente alternativas, escolhas, e isso não há. Existe a exploração de um monopólio sobre uma população carente de representantes reais.
O transporte coletivo é peça fundamental em qualquer cidade civilizada. Somente administradores que sabem o valor de um serviço público de qualidade têm força de vontade e competência o suficiente para implementar uma política de transportes que atenda às reais necessidades da população e de quem nos visita. Não teremos desenvolvimento enquanto não se atentarem para a necessidade de prover o município com os serviços públicos básicos para promover a qualidade de vida da população.
O serviço público é o patrimônio de quem não tem patrimônio. A melhor maneira de se promover a inclusão social é permitindo que todos possam ter acesso a serviços públicos de qualidade, o que inclui, além do transporte público, os serviços de saúde, educação, etc. Acredito que esse deve ser um debate permanente. Identificar os problemas e buscar as soluções para uma melhoria real no transporte público é o começo para que possamos caminhar na direção do desenvolvimento tão falado, mas tão pouco trabalhado em SFI. Parabéns ao blog a Rádio por colocar em pauta tema tão importante. Um abraço, Alan Jones.