sábado, 10 de maio de 2008

Carla anuncia investimentos durante visita às obras do porto

Durante uma visita de aproximadamente cinco horas, realizada nesta sexta-feira (09), ao canteiro de obras do Porto do Açu, a prefeita Carla Machado, acompanhou e obteve informações sobre a primeira etapa do Complexo Logístico que será instalado na retroárea do Porto. O empreendimento é o maior do Brasil na área de logística marítima, orçado em R$ 7 bilhões – dos quais R$ 1 bilhão já foi efetivamente gasto – e deverá entrar em operação, em sua primeira fase, no primeiro semestre de 2010, com capacidade para embarcar 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
A prefeita, durante a visita ao empreendimento, esteve em companhia de cinco dos sete vereadores da base aliada e secretários municipais, além do gerente de Operações Portuárias da LLX, Romeu Rodrigues, e de engenheiros da ARG, empresa integrante do consórcio responsável pelas obras. Na ocasião, foram anunciados investimentos em infra-estrutura, capacitação profissional e medidas mitigadoras e de compensação aos efeitos sócio-ambientais gerados pela obra e operação do Complexo.
Uma das novidades mais importantes é o lançamento de um novo edital voltado à capacitação profissional, parceria da Prefeitura com o Cefet-Campos – Centro Federal de Educação Tecnológica – para o curso de Técnico em Segurança do Trabalho, preparando mão-de-obra para atuar no Complexo. Hoje, já há uma parceria com o curso Técnico em Informática Industrial, implantados em todos os distritos do município. Também foram anunciados investimentos nas estradas, que, segundo Romeu Rodrigues, receberão R$ 37 milhões em obras. Por exigência da Prefeitura, a empresa aplicou, recentemente, R$ 2,5 milhões na Estrada do Galinheiro, visando reduzir o impacto sofrido pelos moradores do 5º Distrito com as obras do porto.
Os R$ 34,5 milhões restantes, a LLX destinará à construção de trevos de acesso na BR-101, em virtude do transporte de pedras para a construção do píer, melhorias na BR-356 – entre Campos e São João da Barra, recapeamento da RJ-240 – que dá acesso ao 5º Distrito – e calçamento de estradas municipais. Ao todo serão realizados 24 quilômetros de asfaltamento, sendo 12 quilômetros na RJ-240 e outros 12 em estradas vicinais.
Carla Machado e Romeu Rodrigues falaram ainda sobre a geração de empregos. A expectativa da LLX é que a estimativa inicial de 1,5 mil empregos diretos na fase de construção seja superada até o final do primeiro semestre. Atualmente já foram contratados 1.247 trabalhadores, dos quais mais de 50% de São João da Barra. Dos 170 caminhões contratados para o transporte de material, 140 foram encaminhados pelo Balcão de Oportunidades da Prefeitura e pelo Programa de Qualificação Profissional, criado numa parceria entre Prefeitura, LLX e Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, onde 25% já foram aproveitados diretamente nas obras do porto.
— Desde o primeiro momento, conversamos com o empresário Eike Batista, sobre a importância de privilegiar a mão-de-obra local, já que esse é um ponto fundamental para a economia de São João da Barra — comenta a prefeita.
Um acordo entre a Prefeitura e a LLX garantiu, ainda, que a ampliação e as melhorias nas unidades de saúde em Mato Escuro e no Açu, serão custeadas pela empresa, que também será parceira do município no projeto de urbanização da orla marítima, entre Grussaí e Atafona, sendo responsável pela construção de duas lojas e dois restaurantes no Pólo Gastronômico.
Na etapa atual de construção, a LLX está preparando a estrutura da passarela metálica de 26 metros de largura que ficará sobre a praia, dando acesso à ponte, a ser construída no mar, com estacas e blocos de concreto, por onde serão levados o minério de ferro e outros produtos até o píer, para finalmente serem embarcados nos cargueiros. Também está sendo montada a usina de cimento, que aguarda a L.O. – Licença de Operação, a ser concedida pelos órgãos ambientais do Estado.
Localizado em uma área com 7,8 mil hectares, o Complexo Logístico e Portuário do Açu terá 30% de sua área, ou seja, 2,34 mil hectares destinados à preservação ambiental. Para cada árvore nativa retirada, a empresa será obrigada a plantar outras cinco, garantindo a diversidade ambiental da região. O porto, de classe mundial, é comparado ao de Roterdã, na Holanda, e terá calado de 18 metros, na primeira fase, e 21 metros, na segunda fase de operação, podendo aportar os maiores navios cargueiros do mundo.

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