O PT oficializou hoje (21) a
candidatura da presidenta Dilma Rousseff à reeleição e de Michel Temer para
vice-presidente. Em convenção nacional em Brasília, com a presença de filiados
ao partido e de aliados, delegados do PT levantaram os crachás em apoio à
chapa, em defesa do slogan “Mais mudanças, mais futuro” e das principais
reformas propostas no programa de governo.
O presidente nacional do PT, Rui
Falcão, levantou duas principais bandeiras para o partido que vão constar na
campanha presidencial: a reforma política e a democratização da mídia. Para
ele, o plebiscito é fundamental para que se concretize a proposta de reforma
política, cujo princípio passa pelo fim do financiamento privado das campanhas.
Segundo ele, o projeto prevê um plebiscito sobre o tema ainda neste ano, na
Semana da Pátria, em setembro. Sobre os meios de comunicação, Rui Falcão
destacou que o partido pretende cumprir o que estabelece a Constituição
Federal, como a proibição do oligopólio da mídia e a exigência de produção
regional independente.
Além do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, de candidatos a governador pelo PT e de pelo menos nove ministros
do atual governo, estiveram presentes na convenção representantes de partidos
aliados que já referendaram ou ainda vão oficializar a aliança nacional, como
PCdoB, PRB, PP, PSD, PMDB, PROS e PDT.
A presidenta Dilma Rousseff avaliou
a reforma política como fundamental para melhorar a qualidade da política e da
gestão pública. “A transformação social produzida pelos nossos governos criou
as bases para a promoção de grande transformação democrática e política no
Brasil. Não vejo nenhum caminho que viabilize a reforma política que não passe
pela participação popular.”
Ao lembrar projetos criados pelo
governo, a presidenta Dilma disse que o novo ciclo que pretende concretizar no
país manterá dois pilares básicos de um “ciclo extraordinário” iniciado em
2003: solidez econômica e amplitude das políticas sociais. Segundo ela, o
objetivo é ampliar os avanços, com a melhoria da infraestrutura, dos serviços
públicos, do emprego, do desenvolvimento tecnológico e da produtividade.
“Esse novo ciclo fará o ingresso
decisivo do Brasil na sociedade do conhecimento, cujo pilar básico é a
transformação da qualidade da educação”, disse Dilma, reiterando que, para
transformar a educação, é preciso valorizar o professor, projeto que será
acelerado quando começarem a ingressar os recursos dos royalties do petróleo no
setor. Outros pilares também foram citados por ela, como projetos de mobilidade
urbana e transporte público, saneamento básico e moradia, classificados como
“reforma urbana”.
Depois de os membros do partido reconhecerem,
por votação simbólica, a chapa PT-PMDB, Dilma agradeceu a “prova de confiança”
e disse querer transformar a gratidão e a alegria em compromisso e convocação
para fazer mais mudanças, reforçando o slogan da campanha.
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