segunda-feira, 6 de julho de 2009

Investimento em siderúrgica no Açu será de US$ 4 bilhões e prevê 20 mil empregos na Obra

Recebemos e-mail do jornalista Bruno Costa com matéria do Valor Econômico online, sobre o que pretende o grupo chinês Wisco que confirmou a decisão de instalar uma usina no complexo logístico do Porto do Açu. "Estamos planejando uma cidade que terá um porto, duas usinas siderúrgicas, duas termelétricas, duas fábricas de cimento e uma montadora de veículos elétricos", diz o secretário de planejamento Victor Aquino. Leia mais.
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São João da Barra já se prepara para receber os grandes investimentos que prometem chegar ao município por intermédio do Porto do Açu, do empresário Eike Batista. O grupo siderúrgico chinês Wuhan Iron & Steel (Wisco) confirmou a decisão de instalar uma usina no complexo logístico do Porto do Açu. Os recursos necessários para a construção serão de US$ 4 bilhões e as obras poderão gerar até 20 mil empregos. Procurado, o grupo EBX, no Rio, entretanto, limitou-se a afirmar que não há informações além das já citadas nos fatos relevantes enviados ao mercado. O município já está em ritmo de novos tempos. O arquiteto Victor de Aquino Fernandes, há pouco mais de um ano mudou-se para sua cidade de origem familiar (nasceu na vizinha Campos dos Goytacazes) a pedido da prefeita Carla Machado (PMDB) e do empresário Eike Batista , assumindo a Secretaria Municipal de Planejamento com uma missão: planejar a transformação da cidade com os novos projetos, que, em 15 anos, de 30 mil habitantes passará a ter estimados 250 mil pessoas, população esperada para 2023. Localizada no extremo norte do Estado do Rio, São João da Barra tem um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 0,723, correspondente ao 79º lugar entre os 92 municípios fluminenses. Fernandes é arquiteto na capital, especializado em construções hospitalares. "O que está acontecendo hoje para mim não chega a ser novidade. Significa que aquilo de que se falava está começando a virar realidade", disse ao Valor ontem à tarde a respeito do anúncio feito na China, onde se encontra a prefeita Carla, acompanhando a comitiva do governador. Nas modestas instalações da secretaria que comanda, Fernandes fala com entusiasmo dos planos nos quais está trabalhando. Trata-se de transformar em um centro urbano importante, sem perda e qualidade de vida, uma pequena cidade de vocação rural e turística (fica na foz do rio Paraíba do Sul). "Estamos planejando uma cidade que terá um porto, duas usinas siderúrgicas, duas termelétricas, duas fábricas de cimento e uma montadora de veículos elétricos", disse, acrescentando que pelas negociações em andamento, a montadora será a também chinesa JAC Motors. Segundo Fernandes, a nova cidade terá ruas de pelo menos 19 metros de largura, todas equipadas com ciclovias de três metros de largura e com um plano urbanístico que não permitirá a construção de prédios de mais de quatro andares na orla marítima e nem de mais de oito em qualquer outra área. Segundo ele, o porto e a área industrial irão ocupar uma área de aproximadamente 10 mil hectares, 40% da área total do município, e serão cercados por uma área de proteção ambiental (APA), já criada pelo governo do Estado, de aproximadamente 5 mil hectares, deixando apenas outros 10 mil hectares para a ocupação urbana e demais atividades. Com isso, a par da inevitável perda local de vocação rural, Fernandes acha que não haverá espaço para o crescimento de favelas, evitando a perda de qualidade de vida. Ele disse que o plano da atual prefeita é deixar todo o plano urbanístico da nova cidade pronto, com vias públicas e rede de água e de esgoto, para que seja executado nesta e nas próximas administrações municipais. O secretário disse que está perdendo dinheiro com a paralisação das suas atividades de arquiteto no Rio, mas afirmou que espera voltar a ganhar quando deixar o cargo público e transferir seu escritório de arquitetura para a nova cidade em construção. O Porto do Açu está sendo construído pela LLX, braço de logística da EBX, de Eike Batista, e a possibilidade da instalação de uma siderúrgica na retroárea do porto já havia sido abordada em um fato relevante divulgado em 19 de maio, no qual a LLX e a MMX - mineradora do mesmo grupo - anunciaram um memorando de entendimentos sobre uma parceria comercial e estratégica com a Wisco. No documento, os chineses demonstram o interesse na construção de uma usina com capacidade de 5 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos por ano. Para analistas do setor, no momento estes entendimentos não passam de um protocolo de intenções, mas não é segredo para ninguém que os chineses estão há algum tempo lutando para instalar uma siderúrgica no Brasil. A Baosteel, a maior siderúrgica da China, já tentou duas vezes em associação com a Vale - uma no Maranhão e outra no Espírito Santo - e não conseguiu levar avante por questões ambientais de localização de terreno. Neste contexto, a Wuhan, terceira no ranking da China, não esconde seu interesse em fazer uma usina no Brasil, onde o custo do aço é um dos mais baixos do mundo, avaliam os especialistas. Segundo a própria MMX, a siderúrgica no Açu é o que "faz brilhar os olhos dos chineses". (Colaboraram Rafael Rosas, do Valor Online, e Vera Saavedra Durão, no Rio)

4 comentários:

Edison Correa da Rocha disse...

ACOOOOOOOOOOORRRRRRDAAAAAAAAAA
São Franciscanos ou São Franciscanenses,não sei bem ao certo como deve ser chamado quem
nasce em São Francisco(que alguem
me corrija se estou errado).Não podemos perder esta oportunidade
de pegarmos uma imensa fatia,que com certeza caberá a todos nós,do desenvolvimento que não ficará restrito sò a SJB,mas a todos os
municipios que estão ao seu redor.
Mas para que isso aconteça é preciso que muita coisa seja feita,
providencias tem que ser tomadas
com urgência,o encurtamento da
distancia entre os dois municipios
é um ponto crucial,de importância
fundamental para que nossos filhos,
que hoje ainda estudantes,possam
daqui a uns anos quando as coisas começarem a acontecer eles tenham
condições de competir em igualdade
com os que estão mais perto.
A conclusão da PONTE JOÃO
FIGUEIREDO e o asfaltamento da
ESTRADA da MURITIBA serão fundamentais para que tudo isso possa acontecer.
Uma outra medida que seria de
suma importância,seria a implantação de uma escola que
tivessem cursos profissionalizantes
tipo o CEFET,priorizando mais as
áreas que serão oferecidas nas
empresas que se instalarão no
complexo do Açu.
Caro amigo Paulo Noel,assim como
eu,tenho certeza que muitos amigos
internautas gostariam de saber se
alguma coisa esta sendo feita a
respeito,se providencias estão sendo tomadas,se os nossos politicos estão se mexendo?A Dilma
Roussef não disse que o dinheiro
para a conclusão da ponte ja estava
liberado,em que pé estão as coisas?
Será que voce poderia responder
estas perguntas ou quem sabe algum
internauta que esteja interado das
coisas.
Um grande abraço.

Paulo Noel disse...

Caro Edison. Pelo que sei quem nasce em SFI é sanfranciscano. Com relação a inacabada construção da ponte João Figueiredo penso que não tem alternativa. O governo pelo que vai arrecadar de impostos com o complexo logístico do Açu através da industrias e do próprio porto tem por obrigação concluir esta obra. Uma obra que, se pernamecer como está sempre, será vista como um monumento ao desperdício do dinheiro público. Todos nós, eu, vc, devemos continuar fazendo isso mesmo. Comentando, reivindicando dos político não deixando o tema morrer. O presidente Lula está para visitar o Açú. Sugiro que o Golvernador que deverá sobrevoar a Região com o presidente, indicasse o local da estrutura inacabada. "Alí presidente, está o nosso monumento. Se concluído trará grande progressa para a Região". Espero que o presidente sensibilizado também tome alguma providência. Grande abraço e grato pelo comentário. Paulo Noel.

Marcelo disse...

Discordo copletamente de quem diz que S. J. da Barra terá em 15
anos 250 mil habitantes! Isso é ri-
dículo! Nem macaé com 30 anos de exploração de petróleo aumentou 10
vezes de tamanho, se muito, aumen-
tou 3 vezes! Acho que a maioria das
pessoas que vão trabalhar no com-
plexo do Açu serão de Campos, e a
maioria das pessoas que vierem de
de fora também terão Campos como
melhor opção por ser a cidade mais
estruturada da região.
Mesmo com a crise vejam a quan-
tidade de prédios e condomínios,
alguns de luxo, que estão sendo
construidos em Campos. É um boom
imobiliário jamais visto aqui. Vo-
cês estão vendo algo parecido acon-
tecer em SJB? Até construtoras de
fora estão construindo em Campos.

Helena disse...

Caro Marcelo,

Gostaria também de deixar um comentário aqui a respeito do que disse, não sou Sanjoanense, mas a um ano e meio estou morando nesta cidade, a conheço bastante, pelo fato dos familiares do meu marido morarem aqui e todo ano virmos passar férias. A pouco mais de um ano, meu marido trabalha no porto, mais precisamente na ARG como Encarregado de Serviços Gerais e eu fiquei quase um ano lá como Compradora mas por problemas pessoais pedi demissão.
Nos assustamos muito, quando vemos este tipo de notícia, falando de "crescimento" digo nós, pk também me considero hoje uma sanjoanense, rs..até mesmo porque estamos acostumados com uma SJB de roça e carrochas rsrs.... e é inimaginável, "acontecer", mas... como o mundo vive em constante mudança e td se desenvolve, porque não SÃO JOÃO DA BARRA?
Sim.. Isso é possível, se tomarmos por base, BRASÍLIA, que era um fim de mundo muito pior que SJB, no meio do nada, um deserto sem fim e hoje em dia com imensos prédios e avenidas.
É muito mais fácil para nós, tentarmos ao menos compreender toda essa grandiosidade que será o Porto e os projetos que seguem. Digo isto por experiência própria que vivi, vi e tenho meu marido lá diariamente convivendo com isso bem de perto. Portanto, te digo, ACREDITE... "O sonho realmente vai se tornar realidade"... isso não agora, nem amanhã, mas gradativamente, e um dia você mesmo vai dizer... LEMBRA COMO ERA SJB? NÃO ACREDITAVA QUE ISSO IA ACONTECER!
E... na minha opinião, isto digo como compradora que sou até hj, já em outra empresa que trabalho, Campos não é esta grandiosidade não, ainda falta e muito crescer tanto, comercialmente, quanto socialmente, digamos que ainda está engatinhando, quando se trata desses aspectos e até mesmo Macaé, que muitos comércios que estão lá só atendem ao pólo petrolífero,não negociando, nem fechando vendas, com empresas do Porto, podemos tirar meia dúzia de empresas lá que fazem parceria, contudo, não podemos comparar nunca com BH ou Grande Rio, isso sim, são cidades preparadas comercialmente e industrialmente falando, tanto é que a própria LLX já promoveu encontros com fornecedores de SJB e Campos para "instruir" o empresário a lidar com estes novos clientes.

Bom... espero poder ter auxiliado, afinal de contas, estamos aqui para trocar idéias.

Parabéns pelo blog, Paulo, muito bem organizado.