Mais de um ano após a prisão por parte da Polícia Federal
da ex-prefeita Carla Machado e do atual vice-prefeito de São João da Barra,
Alexandre Rosa, a cidade voltou a viver no início da noite desta segunda-feira
(04/11) o clima da ‘Operação Machadada’ que marcou a política da cidade, sendo
que para os réus um capítulo extremamente feliz, já que o Tribunal Regional
Eleitoral (TRE) não recebeu a denúncia criminal do Ministério Público Estadual
(MPE). Desta forma cabe ainda a parte de acusação a Justiça Eleitoral.
A decisão de forma unânime, 6 a 0, deu-se pelo fato do
TRE entender que a ‘cooptação’ por parte dos réus, caracterizada em gravações
de áudio e vídeo, que foram apresentados a Justiça e comprovadas a veracidade
dos réus, não são suficiente para se entender que houve prática criminosa.
Ao Jornal Quotidiano, de São João da Barra, a advogada de
defesa, Pryscila Marins ratificou a posição de que as prisões teriam sido
arbitrárias, a denúncia eleitoral deverá ter o mesmo fim. “A denúncia de crime
eleitoral deverá ter o mesmo fim já que ambas são analisadas pelo artigo 41a.
Não há crime”, finaliza.
O Ministério Público Eleitoral pedia a condenação dos
envolvidos por formação de quadrilha e captação ilícita de sufrágio, a compra
de voto.
O prefeito Neco comemorou o resultado e postou em sua
página no facebook um cometário: “Justiça foi feita. O Tribunal Regional
Eleitoral entendeu que nunca houve qualquer crime cometido por nosso grupo
político na eleição do ano passado. Agradecemos primeiro a Deus, ao nosso competente
corpo jurídico e à população de São João da Barra que sempre acreditou em nossa
conduta e transparência. Continuaremos o trabalho sério à frente da prefeitura
para cada vez mais levar qualidade de vida para nosso povo. Vamos em frente!”.
DENÚNCIA DE COMO FUNCIONAVA O 'ESQUEMA'
As investigações da Polícia Federal concluíram que na
maior parte das vezes, um intermediário fazia a oferta para que o candidato
abrisse mão de concorrer, em favor de um candidato da situação, dessa forma,
começava a negociação de valores ou vantagens futuras.
Segundo o ex-delegado chefe da Polícia Federal em Campos,
Paulo Cassiano Junior, pelo menos três candidatos cederam e retiraram suas
candidaturas: Tino Ticalu, Silvana de Grussaí e Alex Valentin. “Eles compunham
a oposição e abruptamente passaram a apoiar candidatos antes opositores”.
INSEGURANÇA ADMINISTRATIVA
São João da Barra vive desde janeiro deste ano a
insegurança administrativa. São duas ações e ambas tendo o Partido da República
(PR) como autor, sendo uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) e uma
Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), além da do Ministério Público
Eleitoral (MPE), que teve a criminal julgada nesta segunda-feira e agora fica
restando a eleitoral.
Fonte: Ururau
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