Domingo, 28, ele chegou à Praia de Santa Clara, no litoral de São Francisco de Itabapoana (RJ)
Desde domingo, 28-09, o catarinense Paulo Stueber, 33, casado e pai de um menino de 7 anos, está em Santa Clara no litoral de São Francisco de Itabapoana, a espera de ventos calmos da Região Sul, para prosseguir na aventura classificada por ele como um sonho a ser realizado: navegar numa prancha Stand Up Paddle pelo Litoral Brasileiro de Santa Catarina até Belém no Pará.
Desde janeiro navegando, Paulo Stueber, deu uma parada em Santa Clara. Enquanto esperava os ventos calmos concedeu entrevista ao Blog do Paulo Noel e a Rádio São Francisco FM.
Até o momento, já percorreu cerca de mil e quatrocentos quilômetros. Começamos perguntando ao aventureiro como surgiu a ideia de encarar o mar, navegando com apenas uma prancha e um remo.
Segundo Paulo Stueber, essa viagem surgiu de um sonho de infância em conhecer o litoral brasileiro num barco a vela.
Segundo Paulo Stueber, essa viagem surgiu de um sonho de infância em conhecer o litoral brasileiro num barco a vela.
"Sempre tive este sonho de sair de minha cidade e subir todo o litoral, conhecendo as praias, as culturas, as pessoas, os lugares e a Amazônia. Então esta viagem é uma adaptação desse sonho que eu viabilizei utilizando uma prancha de Stand Up Paddle, que na verdade se torna muito mais difícil, muito mais desafiador, mas totalmente viável”, diz.
Acompanhamos o Stueber até às areias da praia de Santa Clara, onde próximo ao berçário de tartarugas onde havia escondido seus equipamentos, cobrindo de areia. É que, na passagem por Búzio ele teve a prancha roubada.
Os equipamentos mínimos levados: a prancha tem 14 pés, quatro metros de cumprimento e um remo. A prancha tem pouco capacidade de carga e por isso teve que ser muito bem estudado na seleção do que levar. “Eu tenho uma bolsa estanque de 35 litros, saco de dormir, kit de primeiros socorros, poucas mudas de roupas e uma mochila de hidratação.
Stueber saiu de um
rio em Blumenau e levou 70km até chegar ao mar, em Itajaí (SC). Durante a
viagem, ele parava nas cidades e se aproximava das famílias, que o ajudavam com
a alimentação e hospedagem. Apesar de nem sempre estar nas condições ideias,
ele comemorou a realização do sonho.
- Já velejei,
então tenho muito conhecimento de navegação, de vento. De fato, nunca tinha
andado de stand up. No dia que sai, foi a segunda vez que tinha subido em uma
prancha.
Com a primeira
etapa já concluída, ele agora se prepara para navegar de Santa Clara até a Salvador e até o
fim do ano fechar a costa indo da capital da Bahia até Belém.
Em Santa Clara, o navegador aventureiro está contando com apoio do comerciante Carlinhos, dono de uma banca de jornais. Mas, tão logo a matéria foi publicada, outros apoios já surgiram, dentre eles do biólogo Tiago do Projeto Tamar que disponibilizou bonés e camisetas do projeto além de protetor solar. "Acho legal, pessoas que se preocupam com o meio ambiente. Ele quer chegar ao Rio Amazonas e chamar atenção para a preservação da natureza, da necessidade que temos de cada vez mais proteger nossos rios e fontes naturais", diz.
Em Santa Clara, o navegador aventureiro está contando com apoio do comerciante Carlinhos, dono de uma banca de jornais. Mas, tão logo a matéria foi publicada, outros apoios já surgiram, dentre eles do biólogo Tiago do Projeto Tamar que disponibilizou bonés e camisetas do projeto além de protetor solar. "Acho legal, pessoas que se preocupam com o meio ambiente. Ele quer chegar ao Rio Amazonas e chamar atenção para a preservação da natureza, da necessidade que temos de cada vez mais proteger nossos rios e fontes naturais", diz.
Segundo Stueber dependendo do vento, a média de remada por dia
chega a sete horas. “Por exemplo, remei de Búzio a Macaé, cerca de 43 quilômetros
sem parar”, diz.
Ao passar em baixo da ponte do Porto do Açu ele ficou impressionado
com o projeto e disse que tem uma opinião controversa ao progresso: “É uma obra
mirabolante e, se isso traz em sua conclusão e continuidade benefício para a
comunidade, acho positivo”.
Sobre momentos de
solidão.
Segundo Stueber somente em um momento, durante a noite, quando
ainda estava no Itajaí, foi que sentiu solidão.
Não pensei em desistir, estou convicto da minha missão. Estou
num ambiente natural do qual gosto. Mas no primeiro dia da expedição foi quando
senti muita solidão. Sai de Blumenau descendo o Rio até chegar a Itajaí e
naquele primeiro dia dormi na prancha e, algumas horas antes de deitar, passei
por um processo de uns dez minutos pensando no que eu estava fazendo ali. Neste
momento veio um momento de solidão. Mas quando eu deitei na prancha e olhei para
o céu estrelado, senti a presença de Deus como nunca em minha vida”, disse.
O Paulo Stueber está documento toda a aventura. “Tenho um
material de vídeo e fotos bem farto. A ideia de escrever um livro é uma ideia
que me encanta muito. Acho que
compartilhar em detalhes, com as pessoas que se interessam, será uma benção. Mas, claro que sei que deve
ser tão desafiador escrever um livro quando remar nesta expedição. Mas pretendo
sim escrever um livro”, concluiu o aventureiro.
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