quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Greve dos petroleiros no NF com adesão de 45 unidades marítimas e de Cabiúnas

Foto:Sindipetro NF
Segundo o site do Sindipetro NF, um levantamento parcial concluído às 14h desta terça-feira, 03/11, mostra que a greve nacional dos petroleiros atinge, na Bacia de Campos, 45 unidades marítimas, entre plataformas, sondas de perfuração e UMS (Unidade de Manutenção e Serviço). As mais recentes adesões foram da P-17 e da UMS Cidade de Quissamã.

Das 45 unidades, 29 estão com as atividades completamente paralisadas (26 plataformas e 03 UMS), outras sete estão com produção restrita e nove tiveram a operação assumida por equipes de contingência da Petrobrás.

A greve também conta na região com a adesão dos trabalhadores do Terminal de Cabiúnas, da Transpetro, em Macaé. Os trabalhadores estão fazendo o enfrentamento com a gerência para exercer o direito de realizar a greve com ocupação dos postos de trabalho. A empresa está retaliando com bloqueio nas entradas e saídas da base.


Nas bases administrativas de terra da Petrobrás em Macaé, os diretores sindicais estão realizando trabalhos de convencimento para que a categoria também faça a adesão à greve.

Motivo da greve
Segundo ainda o Sindipetro a greve deflagrada no dia 1ª de novembro em todas as unidades operacionais da Petrobras é em repúdio às medidas privatistas do Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás para o período de 2015/2019. "A greve é por tempo indeterminado, até que a Petrobrás resolva compreender e, debater seriamente, a Pauta pelo Brasil", diz o movimento grevista.

Os trabalhadores do Sistema Petrobrás não admitem a retirada de nenhum direito adquirido nos últimos anos e, reivindicam que a empresa implemente novas práticas de SMS que prezem efetivamente pela vida dos trabalhadores, já que só no ano de 2015, dezenove empregados morreram em consequência de acidentes fatais na companhia.

Além disso, a greve dos petroleiros é motivada pela luta contra o desmonte da estatal, que em seu plano de negócios, também prevê a venda de diversos ativos da empresa. Além disso, se os cortes na Petrobrás continuarem, a estimativa é de que 20 milhões de empregos deixem de ser gerados até 2019. Só na indústria naval, 15 mil metalúrgicos foram desempregados no primeiro semestre do ano. No setor petroquímico, 30 mil postos de trabalho estão ameaçados. Outros milhares de trabalhadores terceirizados também já foram demitidos ou estão na mira de corte, portanto, a greve dos petroleiros acontece por uma causa de todos os trabalhadores brasileiros: A luta contra a privatização da empresa que é a principal indutora do desenvolvimento deste país.


Os petroleiros permanecerão em greve por tempo indeterminado em todas as refinarias, terminais, plataformas, campos terrestres e demais unidades operacionais das bases da FUP.
Fonte: Sindipetro NF.

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