domingo, 24 de fevereiro de 2008

Deu na Folha da Manhã: COMPLEXO DO AÇÚ - PARA NAVIOS - Começa construção de ponte


Deu na Follha da Manhã. (Hoje, domingo 24)

Renato Wanderley
Email:
renatowanderley@fmanha.com.br


COMPLEXO DO AÇÚ - PARA NAVIOS - Começa construção de ponte

Quem passa pelo pacato distrito de Barra do Açu, em São João da Barra, não imagina que a poucos quilômetros dali esteja sendo construído o maior complexo portuário e industrial privado do país, estimado em cerca de R$ 1 bilhão, pertencente à LLX, subsidiária da empresa Mineração e Metálicos (MMX), do grupo EBX. Na localidade de Saco D’Antas, numa área de 7,8 mil hectares, máquinas e 500 operários, a maioria contratada na região, tocam a construção das primeiras das 2,6 mil estacas que sustentarão os 2,5 km da ponte de acesso ao píer de atracação dos navios. O mega projeto, que ainda inclui o Mineroduto Minas-Rio, de 525 km de extensão, prevê a exportação de 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro, rumo ao mercado asiático. No canteiro de obras, tudo é grandioso. Uma das atrações é um imenso guindaste com capacidade para suportar 300 toneladas. O gerente de operações portuárias da MMX, Romeo Rodrigues, garantiu que o complexo logístico começa operar no final de 2009. — O projeto está dentro do seu cronograma previsto. Acre-dito que no final de 2009 já estaremos exportando as primeiras toneladas de minério — conta Rodrigues. Como o projeto não pára de crescer, ele anunciou que a MMX entrou com pedido de licença ambiental, junto à Fee-ma, para construir uma usina termelétrica movida a carvão mineral, já com data prevista para começar a funcionar em 2012. Ele adiantou que, esta semana, desembarcou no porto do Rio uma draga de procedência chinesa que será levada para o local. “É uma draga novinha em folha, das mais modernas do mercado, que depois dos trâmites alfandegários vai ser trazida para o Açu e dragar a área onde ficará o cais de atracação”, explica o gerente. Sobre o quebra-mar, que dará proteção ao porto, Rodrigues destacou que aguarda outra licença ambiental da Feema para começar a extrair as pedras em uma pedreira de Ibitioca. — Enquanto a licença não é liberada, estamos reformando e asfaltando a estrada que vai da BR 356 até o Açu, para poder suportar o peso dos caminhões. Apesar de ser uma rodovia estadual, planejamos fazer nova estrada para o porto — adianta.

Siderúrgica na mira de Eike Batista
Não só de porto, mineroduto e usina termelétrica — à espera de licença ambiental — deve viver o complexo logístico da MMX. De acordo com o Romeo, o empresário Eike Batista, presidente do grupo EBX, está à procura de um parceiro para construir uma siderúrgica na área. Segundo ele, a expectativa é que negociações estejam concluídas ainda este ano. — Se for concretizada, vai haver uma grande oferta de empregos — ressalta o gerente. Sobre a mão-de-obra atual, ele destacou que estão sobrando vagas no canteiro de obras do Açu, porque falta qualificação. Dos cursos promovidos no município, a maioria das pessoas já foi contratada pelas empresas terceirizadas. Israel Rangel, 23 anos, atuava com salva-vidas e hoje trabalha na obra graças a um curso de soldador. Ele não pensa em parar de estudar. — Agora tenho um bom salário, carteira assinada e garantias trabalhistas. Saio do Açu e vou correndo fazer um curso de Segurança do Trabalho. A chegada da MMX aumentou a expectativa dos jovens daqui. Mas tem que estudar muito — ensina Rangel.

Nenhum comentário: