terça-feira, 21 de setembro de 2010

Os bancos vão parar


Bancários confirmam greve por tempo indeterminado a partir do dia 29

O presidente do Sindicato dos Bancários de Campos, Rafanele Alves Pereira, confirmou hoje, dia 21, que a partir do dia 29 deste mês, a categoria entra em greve por tempo indeterminado, já que durante as negociações do Comando Nacional dos Bancários com Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não houve avanço, o que levou a categoria optar pela greve. Rafanele destacou que no dia 28, às 19h, haverá uma assembléia geral com a categoria na sede do sindicato.

O Comando Nacional dos Bancários cobrou também da Fenaban propostas para a PLR, vales e piso salarial, assim como questões de saúde, assédio moral, metas abusivas, segurança e emprego. Amanhã, dia 22, os Banqueiros apresentam uma proposta global e única de reajuste, para toda a Categoria e dia 23, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, debatem com os sindicatos, itens específicos da Pauta de reivindicações dos trabalhadores destes Bancos.

Os bancários defendem um reajuste salarial de 11%, uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil e piso salarial de R$ 2.157, além de um salário-mínimo no tíquete-refeição, na cesta-alimentação e no auxílio creche/babá (R$510), e Participação nos Lucros e Resultados (PLR), tíquete-refeição, auxílio-alimentação e auxílio-creche.

Em relação ao tíquete-refeição e à cesta-alimentação, os representantes dos banqueiros disseram que os atuais valores “são adequados às necessidades dos bancários”.Os bancos anunciaram que pretendem reajustá-los no mesmo índice que for acordado para o os salários. Já em relação ao auxílio-educação e à previdência complementar, a Fenaban voltou a dizer que estes assuntos têm que ser tratados banco a banco. Quanto ao auxílio-creche, voltaram a defender a redução em um ano do prazo de pagamento. Os banqueiros rejeitaram também a proposta do 14º salário

O líder sindical denunciou hoje pelas ruas de Campos à população a pressão que os bancários sofrem diariamente para cumprirem metas absurdas e as conseqüências destas cobranças na saúde dos bancários. As altas tarifas, os juros altos e a necessidade de ampliação do horário de atendimento ao público foram outros assuntos tratados e debatidos com a população, funcionários clientes e usuários da agência. Ele destacou ainda que o Banco Itaú, bateu record em seis meses, atingindo um lucro de R$ 6 milhões 700 milhões e os cinco maiores bancos (BB. Itaú, Bradesco, Caixa e Santander) totalizam um lucro de R$ 21 bilhões.

Texto: Ascom

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