A maioria dos brasileiros
fumantes (85% - 89%) lamenta ter dado início ao hábito.
Os dados fazem parte da Pesquisa Internacional
de Tabagismo (ITC, na sigla em inglês), apresentado hoje (30), em razão do Dia
Mundial sem Tabaco, lembrado neste sábado (31).
A militar aposentada Vânia
Cristina da Costa, 55 anos, é uma das brasileiras que compõem essa estatística.
Ela diz que começou a fumar aos 15 anos, por modismo, que se arrepende da
decisão e tem medo das consequências.
"Cigarro é minha válvula
de escape. Se eu estou estressada ou tenho um problema grave eu fumo e me
acalmo. Aos 15 anos, quando comecei, era moda adolescente. Hoje me arrependo de
ter começado a fumar, principalmente, por trabalhar na área de saúde. E tenho
receio de ter um câncer de pulmão ou algo assim", lamenta.
De acordo com a pesquisa, 54%
dos brasileiros relatam um alto grau de dependência à nicotina.
Os dados mostram que mais de
dois terços dos brasileiros fumantes têm uma opinião negativa em relação ao
tabagismo e que 80% deles já tentou parar de fumar.
Ainda de acordo com a
pesquisa, a maioria dos fumantes brasileiros não quer fumar, mas está presa
pela dependência e apoia o fortalecimento de ações de combate ao tabagismo.
Apesar das dificuldades de
largar o cigarro, o engenheiro de sistemas Cleto Praia, 63 anos, mostra que é
possível parar.
"Comecei a fumar na
adolescência parei e voltei a fumar várias vezes. Agora já tem nove anos que
não fumo e não sinto vontade. Pode fumar do meu lado que não me incomodo”,
disse.
“Depois que parei de fumar,
tudo melhorou. Se eu não tivesse parado estaria morto, eu tinha muitos
problemas respiratórios, fumava três maços num só dia e agora caminho duas
horas por dia", conta.
O estudo foi coordenado pela
Universidade de Waterloo, no Canadá, e desenvolvida em 20 países. No Brasil,
foram ouvidas 1.830 pessoas de três capitais: São Paulo, Rio de Janeiro e Porto
Alegre. (AG. Br )
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