quarta-feira, 15 de abril de 2009

Seminário de Petróleo e Bionergia da Bacia de Campos: espaço para apresentação de potencialidades dos municípios produtores à ANP


O município de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, vai sediar nesta quinta-feira (16), o Seminário de Petróleo e Bioenergia da Bacia de Campos, uma parceria entre a prefeitura e a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O evento, que será realizado no Centro de Convenções da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), vai contar com a participação da prefeita Rosinha Garotinho, que também é presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), e do diretor-geral da ANP, Haroldo Lima.
Entre os temas que serão discutidos, estão o potencial da Bacia de Campos; participações governamentais sobre a produção de Petróleo e Gás Natural; Questões Ambientais; Complexo Portuário Farol/Barra do Furado; Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Biocombustíveis e Fiscalização do Mercado de Combustíveis. O credenciamento começa às 9h30. A partir das 10h30, será realizada a abertura, com o reitor da Uenf, Amy Júnior Cordeiro de Carvalho; a prefeita de Campos, e o diretor-geral da ANP.
Segundo o presidente do Centro de Informações e Dados de Campos (Cidac), Ranulfo Vidigal, um dos objetivos do evento é olhar o cenário do Brasil hoje e nos próximos 10 anos, quando o país estará ente os dez maiores produtores de petróleo do mundo.
― Também teremos neste seminário, a chance única de mostrar ao empresariado nacional do setor de energia o enorme potencial de nossa região, em especial, Campos com seus principais eixos de desenvolvimento para a próxima década, que são o Complexo Portuário Farol-Barra do Furado, a estrutura portuária, o aeroporto do Farol de São Tomé e a oferta de serviços offshore, com a futura indústria naval ― ressalta.
Ranulfo afirma que Campos quer participar deste desenvolvimento dotando a cidade de maior infra-estrutura física e social. “Teremos uma cidade com mais acesso à saneamento, transporte de qualidade e na parte social, uma política de inclusão da população carente, reduzindo as desigualdades sociais”, declara.
Programação
Na primeira parte do evento, no painel Upstream, serão abordados temas, como o Potencial da Bacia de Campos, às 11h10, com a diretora da ANP, Magda Chambriard. “Vamos mostrar, fundamentalmente, o que espera das próximas rodadas de licitação da ANP e o potencial do pré-sal”, destaca Ranulfo.
Ele afirma que no tema Participações Governamentais sobre a Produção de Petróleo e Gás Natural, com o superintendente de Controle das Participações Governamentais do órgão, José Gutman, o palestrante estará associando as participações governamentais ao futuro da produção e ao comportamento do mercado internacional de petróleo. “A demanda de petróleo no mundo é de 85 milhões de barris. Enquanto a taxa cresce 1%, ao dia, no mundo, cresce duas vezes e meio a mais no Brasil e isso é muito positivo”.
Para Ranulfo, o tema da terceira palestra, Questões Ambientais na Bacia de Campos, com a coordenadora de Meio Ambiente da ANP, Lúcia Gaudêncio, é de grande importância porque ele acredita estar nesta questão uma das saídas para a crise financeira internacional. “As questões ambientais e a qualidade de vida estão muito presentes no mercado de energia”, afirma.
Às 13h, o prefeito de Quissamã, Armando Carneiro fala sobre o Complexo Portuário Farol/Barra do Furado. “Neste empreendimento, só o setor público está investindo R$ 120 milhões, entre recursos dos municípios, Estado e União. No setor privado, estão sendo estimados investimentos de R$ 2,5 milhões”, ressalta o presidente do Cidac.
Depois da parada para o almoço, começa o painel Downstream, às 14h30, com a palestra Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Biocombustíveis, com o assessor da diretoria da ANP, Waldyr Gallo, onde a questão envolve também a produção de etanol; Em seguida, o tema será Fiscalização do Mercado de Biocombustíveis, com o superintendente de Fiscalização do Abastecimento da ANP, Jefferson Paranhos. “Este tema é de grande interesse para a população, em geral, porque a ANP fiscaliza os postos de gasolina”, conclui.

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia. Estou fazendo meu mestrado sobre os impactos ambientais do petróleo. Gostaria de saber se já houve algum estudo na região de vocês, onde se constatou que houve impactos causados pela sísmica...e onde eu poderia encontrá-los. Ou então, alguma decisão jurídica nesse sentido. Muito obrigada!Carol Palma
meu email: carolmanzoli@yahoo.com.br

Claudio disse...

Acho que o nosso município tinha que aproveitar este momento de investigação sobre royaties para fazer o máximo de barulho possível sobre a injustiça que sofremos.Acorda São Fco! A hora é essa!

Denize disse...

O Seminário de Petróleo e Bioenergia, realizado em Campos ontem, dentro da proposta da presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), prefeita Rosinha Garotinho, de atrair novos investimentos e desenvolvimento para toda a região, já rendeu frutos positivos. A Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou que, em breve, vários poços de petróleo e gás vão entrar em operação no litoral sanfrasciscano.

O prefeito de São Francisco de Itabapoana, Beto Azevedo, esteve com o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, que se colocou à disposição do prefeito para que seja agendada uma visita ao órgão. “Teremos o maior prazer em receber o prefeito Beto e ajudar o município nesta tarefa”, disse Haroldo Lima.

A diretora da ANP, Magda Chambriard, anunciou que num futuro bem próximo vários poços de petróleo e gás vão entrar em operação na costa sanfranciscana. “Trata-se de uma boa notícia para São Francisco. Muito em breve teremos poços de petróleo entrando em operação na costa do município que passará a ser produtor”, disse Magda. Minutos antes do anúncio, o prefeito já havia reivindicado do diretor da ANP a revisão no sistema de distribuição dos royalties no sentido de incluir o município como produtor de petróleo. O diretor da ANP se colocou à disposição do prefeito para que seja agendada uma visita dele a ANP.

De acordo com o prefeito, São Francisco tem sido vítima de um erro histórico com os atuais critérios de distribuição dos royalties, dentre os quais está o fato de o município continuar na condição de limítrofe quando na verdade está localizado em uma região produtora e possui mais 60 quilômetros de orla. “Não restam dúvidas que São Francisco faz parte da região produtora. Sofremos todos os impactos ambientais e continuamos recebendo uma miséria de royalties.

Uma prova disso é que nossas comunidades pesqueiras estão passando por muitas dificuldades com o desaparecimento do pescado. Com tudo isso, digo que já passou da hora desse erro histórico ser corrigido”, desabafa o prefeito, que cancelou compromissos no Rio de Janeiro e em Nova Friburgo, na região serrana, para participar do evento.

Segundo o prefeito, São Francisco corre o risco de passar por um processo de esvaziamento populacional caso esta situação seja mantida. “Nossos jovens estão saindo de nosso município em busca de mercado de trabalho nos municípios vizinhos. Nossas famílias estão ficando órfãs e não vamos continuar permitindo isso”, finalizou Beto, que também agradeceu o empenho da presidente da Ompetro, Rosinha, em realizar o seminário levando oportunidade a todos os prefeitos da região