terça-feira, 16 de outubro de 2012

“Eleito, vereador precisa manter-se plugado na internet” avalia estrategista de marketing digital e político


“É importante que os candidatos eleitos não sigam o exemplo de Dilma Rousseff, que abandonou o Twitter após as eleições”, relata Gabriel Rossi

O Brasil acaba de eleger 57.434 vereadores para todas as suas Câmaras Municipais. É um “batalhão” de políticos que começam ou continuam a legislar em 2013. A ampla maioria tentou de alguma forma utilizar a internet na eleição de 2012, com a criação de sites e, especialmente, de canais em redes sociais. Para o estrategista em marketing digital e político Gabriel Rossi, “agora eleito, o vereador precisa manter-se plugado na internet. Não se pode abandonar quem deseja contato e deu apoio na web”.

Segundo Rossi, ainda são raros os casos de políticos que utilizam corretamente as redes sociais na web, especialmente Twitter e Facebook. “Os candidatos têm uma ferramenta poderosa nas mãos. Muitos conseguiram angariar milhares de votos ao intensificar a campanha nas redes sociais e agora, após as eleições, devem se atentar àqueles que os levaram ao topo”, afirma. “A manutenção do contato nas redes é essencial para manter uma linha direta com a população, tanto para aqueles que desejam fazer um bom papel no legislativo quanto para os maus exemplos, aqueles que só estão pensando na próxima eleição. Eleição não se ganha na véspera. É preciso construir uma imagem positiva ao longo de todo o mandato”.

O especialista lembra que em 2014 haverá eleições para os legislativos estaduais. “É natural que muitos vereadores se candidatem a deputado estadual. Mas na internet podemos dizer que estas eleições já estão ‘batendo à porta’. E, claro, não se pode esquecer o eleitor, ou seja, a população. O eleitor lembra muito bem quem o esqueceu ou pelo menos deixou esta impressão, mesmo que na internet”, conta Rossi.

         Em 2010, a presidente Dilma Rousseff ganhou notoriedade no Twitter e atingiu mais de 1,7 milhão de seguidores na rede. Com isso, conquistou um dos perfis mais influentes do Brasil. Mas logo após a eleição abandonou a ferramenta. “É um erro. Claro que a presidente está com a popularidade em alta, conforme apontam pesquisas. Mas não se pode desprezar o contato direto com 1,7 milhão de pessoas. É muita gente que com apenas um click é acionada. O que Dilma fará em dois anos? Vai voltar ao Twitter? Deve voltar, mas seria ótimo se mantivesse o contato”, diz o especialista.

         Para Rossi, o País ganharia muito se os vereadores mantivessem ativas suas contas em redes sociais. “É um canal de cobrança do vereador, das mais eficientes. Por isso, muitos eleitos têm receio de manter este tipo de ferramenta. Mas quem utiliza as redes sociais corretamente sabe que no fim das contas vale muito ouvir a população, seja com elogio ou seja com reclamação”, finaliza

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