quarta-feira, 3 de junho de 2009

Local de buscas do voo 447 é rota de tubarões, diz biólogo

Avião caiu sobre o Oceano Atlântico. Tubarão azul e galha-branca oceânico passam pela área.
Foto oceano: Divulgação - Aeronáutica. Mancha de combustível foi encontrada pela Marinha e Aeronáutica no oceano. Foto: Reprodução do livro Tubarões no Brasil/Marcelo Szpilman da espécie galha-branca.



O local de buscas do voo 447 é rota de tubarões. Segundo o Instituto Ecológico Aqualung, no Rio de Janeiro, as espécies galha-branca oceânico e tubarão azul são as mais comuns na região.
De acordo com Marcelo Szpilman, biólogo marinho especialista em peixes marinhos e tubarões, o oceano perto do arquipélago de São Pedro e São Paulo é considerado um "deserto de vida marinha", mas é rota das duas espécies de tubarões. Essa pode ser uma preocupação das equipes de militares que atuam na região.

"O galha-branca oceânico é reconhecido pela literatura científica como o primeiro a chegar em naufrágios ou acidentes marítimos. Ele é especialista em naufrágio e esse perfil foi identificado desde a 2ª Guerra Mundial."

O biólogo marinho, que é diretor do Instituto Ecológico Aqualung, disse ainda que só o impacto de uma aeronave na água já seria suficiente para atrair os tubarões para a região. "Os tubarões possuem vários sensores e perceberiam a movimentação das ondas do mar a quilômetros do local do acidente. Além da movimentação, eles perceberiam qualquer alteração na composição da água, seja por pequenos dejetos humanos ou por combustível".

A Aeronáutica e a Marinha encontraram uma mancha de 20 km de combustível na região onde foram localizados possíveis destroços do Airbus.

Szpilman disse ainda que o galha-branca oceânico e o tubarão azul são os mais agressivos do que os demais tubarões quando se trata de naufrágio. "É natural que eles investiguem as alterações da movimentação e da composição da água. É muito material orgânico para eles serem atraídos ao local."
O biólogo afirmou que o tubarão azul costuma viver em cardumes, mas o galha-branca oceânico tem costumes diferentes e vive de maneira mais independente. "Apesar disso, quando encontra possibilidade de alimentação, ele se mobiliza em cardumes também. De qualquer forma, essas duas espécies não tem o hábito de atacar seres humanos."

Szpilman informou que o galha-branca pode atingir dois metros de comprimento. O tubarão azul, segundo ele, pode chegar a quatro metros de comprimento. (Fonte: Glauco Araújo Do G1, em São Paulo )

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