segunda-feira, 31 de maio de 2010

Idosos nas mil visitas ao Porto do Açu

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Na memória, fragmentos de um tempo em que São João da Barra economicamente se limitava à agropecuária, à pesca, ao turismo e à industria de bebidas. Diante dos olhos, uma perspectiva de desenvolvimento jamais imaginada para quem testemunha, há várias décadas, o cotidiano de um município que agora se prepara para viver uma nova realidade a partir da implantação do maior empreendimento da América Latina na atualidade.

A distância cronológica e econômica entre o passado e futuro dimensiona o que representou a visita de um grupo da Terceira Idade às obras do Porto do Açu, quando o programa “Nosso porto, nosso futuro” alcançou esta semana a marca de 1.000 visitas. A iniciativa, uma parceria entre a prefeitura de São João da Barra e a LLX, tem como proposta, uma vez a cada semana, levar grupos de pessoas para ver de perto o que deverá mudar de forma definitiva os rumos econômicos da cidade e da região.

Frente à maquete, cada um dos integrantes da caravana de idosos pode ter a exata noção do que irá se transformar o imenso descampado arenoso. Da parte portuária ao complexo industrial, idealizado com base em protocolos de intenções de instalação de empresas de diferentes ramos, como siderurgia, automobilístico e de petróleo, tudo é mostrado em miniatura, antecipando a imagem que deverá se materializar em poucos anos.

Após assistir a um vídeo institucional, com resumo das várias áreas de atuação das empresas do grupo EBX, o destino foi o mirante. Sobre a estrutura de 28 metros de altura, a visão panorâmica da área de nove mil hectares impressionou. Sobre a ponte adentrando 2,9 km ao mar rumo à profundidade ideal de 18,5 metros que chegará a 21 metros, outra sensação indescritível.

— Parece um sonho. Vendo tudo isso, fico impressionado. E olha que muito ainda está por ser feito. Essa vinda às obras do porto deixa cada um de nós convictos de que tudo realmente mudará para melhor em nosso município. Isso deixa todos nós, sanjoanenses, orgulhosos. Um orgulho bonito, e não um orgulho doentio — destaca José Elias Monteiro, 79 anos e com um entusiasmo juvenil pelo progresso iminente.

Com a experiência de quem freqüenta São João da Barra há 50 anos, apesar de ter fixado residência no município apenas em 2009, Juarez de Freitas Távora faz uma associação a outro fato marcante na história contemporânea do Brasil. “Pela grandiosidade dessa obra, me veio à mente quando estive na construção de Brasília. Tudo aqui é muito promissor. Imagino que seja o empreendimento mais importante do Brasil na atualidade” frisa seu Juarez, 82 anos já vividos e apostando nos novos tempos que virão para a terra que escolheu para morar.

Nosso porto, nosso futuro - Iniciado em outubro de 2009, o programa Nosso porto, nosso futuro tem como proposta levar a comunidade para conhecer as obras do Porto do Açu. Estudantes do ensino fundamental e médio, universitários, produtores rurais, alunos de cursos técnicos, artesãs, turistas, estão entre as mil pessoas que já participaram da iniciativa, com agenda já fechada até o mês de outubro – quando o projeto completa um ano - para atender segmentos como pesca, cooperativismo, mais estudantes, comunidades religiosas e população em geral.

As visitas acontecem sempre às quintas-feiras, com saída às 14h em um ônibus de turismo da rodoviária de São João da Barra ou de outro local previamente definido para facilitar o acesso dos visitantes. O tempo de permanência dentro da área do porto gira em torno de duas horas e meia. A prioridade nas visitas é para a população sanjoanense.

Entre as informações sobre o porto, estão o início de sua operações, previsto para 2012, e o fato de ser comparado aos mais modernos do mundo, como os existentes na Ásia e Europa. Do total de R$ 4,3 bilhões de investimentos no Terminal Portuário de Uso Misto do Açu, R$ 1,9 bilhões são da LLX Minas-Rio (responsável pela implantação do terminal portuário dedicado ao minério de ferro, que chegará via mineroduto de Minas Gerais), e R$ 2,4 bilhões da LLX Açu (responsável pela operação das demais cargas como produtos siderúrgicos, petróleo, carvão, granito, escória, ferro gusa e carga geral).

Secom/SJB – Maurício Barreto

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