quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Quiosques: Prefeitura de SJB entrega fossas sépticas a comerciantes


Como forma de minimizar os impactos ambientais na orla da praia, a prefeita de São João da Barra, Carla Machado, autorizou por meio de uso condicionado, a utilização de equipamentos de propriedade do poder executivo municipal para tratamento de resíduos dos quiosques.

Uma caixa gradeada, uma fossa séptica, um filtro anaeróbio e um sumidouro deverão ser instalados nesses estabelecimentos de acordo com as recomendações ambientais.

Ao receber esse material, os proprietários dos quiosques estão se comprometendo a arcar com a instalação do sistema e efetuar trabalhos de educação ambiental. “Eles devem disponibilizar lixeiras de fácil acesso em seu estabelecimento, além de recolher todo o lixo ao redor. Não poderão realizar capina, bem como não permitirão que os usuários estacionem veículos próximos à área de vegetação nativa”, explica Marcos Sá, secretário municipal de Meio Ambiente.

Além disso, acrescenta Marcos Sá, deverão recolher e armazenar em recipientes próprios – indicados por nós – todo o tipo de gordura utilizada no estabelecimento. “Outra questão é relativa à iluminação. Eles não poderão instalar luminárias direcionadas ao mar e nem manter forte iluminação no quiosque para evitar que as tartarugas confundam o caminho do mar. Utilizarão o essencial ao funcionamento”, esclarece o secretário.

“Estamos dando o apoio necessário aos proprietários de quiosques nesse momento, mas sempre atendendo as normas ambientais. Buscamos fazer o possível e o impossível para minimizar o impacto sócio-econômico causado pela ação do Ministério Público Federal”, frisa a prefeita.

Como funciona o processo — Todos os resíduos do quiosque serão direcionados para a caixa gradeada. Esta por sua vez, vai reter os resíduos sólidos grosseiros, direcionando o restante para a fossa séptica. Neste local, o esgoto ainda contém sólidos em suspensão, não grosseiros, que são mais pesados que a parte líquida. Esses sólidos se sedimentam, indo para o fundo do recipiente formando o lodo primário bruto onde ocorre a digestão anaeróbia. O líquido se encaminha para o filtro anaeróbio que possui bactérias que crescem aderidas a uma camada suporte formando a biomassa, que reduz consideravelmente a carga orgânica dos esgotos. Em seguida essa água é levada para o sumidouro composto de duas camadas de brita e areia que joga esse líquido no lençol freático chegando a ter mais de 85% de limpeza.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, haverá uma limpeza dos tanques de oito em oito meses

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