quarta-feira, 17 de junho de 2020

Secretaria de Saúde diz que vai exonerar superintendente preso no Rio






O site VNOTÍCIA, apurou junto a Agência Brasil que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio de Janeiro vai exonerar o superintendente de Orçamento e Finanças, Carlos Frederico Verços Duboc, preso hoje (17), em operação do Ministério Público Estadual (MPRJ). Ele foi um dos dois detidos por suspeita de fraudes na compra de respiradores para pacientes vítimas do novo coronavírus.

Ainda segundo a Secretaria de Saúde, desde o dia 3 de junho, as ordenações de despesas da pasta, que eram feitas por Duboc, passaram às mãos do secretário Fernando Ferry.

“A Secretaria reforça o compromisso de transparência e de lisura na gestão pública e se coloca à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos a respeito dos fatos”, disse.

De acordo com o Ministério Público Estadual, a operação de hoje investiga uma compra de respiradores, em que foram gastos R$ 18 milhões. Os equipamentos são usados no tratamento de pacientes com covid-19 em estado grave. Segundo as investigações, os respiradores foram comprados de forma emergencial, sem licitação.

Além disso, passados dois meses da data prevista para a entrega dos equipamentos, nenhum respirador foi entregue pelas empresas, nem o dinheiro foi devolvido aos cofres públicos, segundo o MP.

Gestores da Secretaria Estadual de Saúde vêm sendo investigados por esquemas fraudulentos em gastos emergenciais para combate à covid-19. As investigações já resultaram na prisão do ex-subsecretário Gabriell Neves. Dias depois da prisão de Neves, o então secretário de Saúde, Edmar Santos, foi exonerado do cargo.

Edição: Kleber Sampaio. Agência Brasil

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Alerj publica abertura de impeachment contra Witzel




Foi publicado na edição de hoje (15) do Diário Oficial do Rio de Janeiro o Ato número 41/2020 do presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), deputado André Ceciliano, que abre o processo de impeachment contra o governador Wilson Witzel, por crime de responsabilidade.


A abertura do processo número 5.328/2020 foi aprovada na quarta-feira (10), em sessão virtual devido à pandemia da covid-19, com 69 votos a favor, nenhum contra e uma ausência. O governador é suspeito de envolvimento em compras fraudulentas e superfaturadas de equipamentos e insumos para o combate à pandemia do novo coronavírus.

O ato abre prazo de 48 horas para que os líderes indiquem um membro do partido para compor a Comissão Especial responsável por elaborar o parecer da denúncia contra Witzel. Após a indicação, os membros têm mais 48 horas para eleger o presidente e o relator da comissão.

O governador terá prazo de dez sessões para apresentar sua defesa à Comissão Especial. Após a apresentação da defesa, o parecer pela admissibilidade ou não da denúncia deve ser apresentado no prazo de cinco sessões.

Governador
Wilson Witzel se posicionou em nota na própria quarta-feira, dizendo que recebeu “com espírito democrático e resiliência” a notícia do início da tramitação do processo de impeachment pela Alerj.

“Estou absolutamente tranquilo sobre a minha inocência. Fui eleito tendo como pilar o combate à corrupção e não abandonei em nenhum momento essa bandeira. E é isso que, humildemente, irei demonstrar para as senhoras deputadas e senhores deputados”.

Ele informou que vai apresentar defesa e diz ter “certeza absoluta” de que irá demonstrar que seu governo “não teve tolerância com as irregularidades elencadas no processo que será julgado”.

“Vou seguir nas minhas funções como governador e me preparar para a minha defesa. Tenho certeza que os parlamentares julgarão os fatos como eles verdadeiramente são”.

A reportagem solicitou nova posição do governador e aguarda resposta.

Witzel foi alvo, no dia 26 de maio, da Operação Placebo, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça, que investiga corrupção na compra de equipamentos e insumos para o combate à pandemia no estado.

Também foram alvos a primeira dama, Helena Witzel, a empresa Iabas, contratada para montar e gerir hospitais de campanha, entre outros. Os policiais federais fizeram buscas no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, e na casa da família Witzel, no bairro do Grajaú.


Edição: Valéria Aguiar





PF faz operação contra fraudes na saúde em Cabo Frio




Policiais federais cumprem hoje (15) mandados contra suspeitos de desviar recursos públicos na área de saúde do município de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Estão sendo cumpridos 30 mandados de busca e apreensão contra 28 alvos, sendo 14 pessoas, 11 empresas e três órgãos públicos, entre eles a Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com a Polícia Federal, as irregularidades no município podem ter causado um prejuízo de mais de R$ 7 milhões.

Além da PF, participam da operação o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU). Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Cabo Frio, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Miracema e na capital do estado do Rio, além de Serra, no Espírito Santo.