terça-feira, 28 de outubro de 2008

Vítima de facada em São Francisco continua internada no Ferreira Machado mas não corre risco de morte

Familiares de Arivalter Martins , acusado de tentativa de homício, estiveram na 146 DP de Guarus em Campos com documentos e exames, mostrando que ele sofre de epilepsia e tem constates desmaios

Manchas de sangue após a briga, por motivação poílica, na calçada em frente ao estebelecimento comercial de venda de rações de proprietadade de Arivalter Martins.

O comerciante Romualdo das Neves de Azevedo de 63 anos morador da praia Santa Clara continua interando no Hospital Ferreira Machado após intervenção cirúrgica. Segundo a filha de Romualdo Neves, Cristiane, o pai não corre risco de morte. Segundo informações da Polícia Militar Romualdo Neves foi vítima de tentativa de homicídio ontem pela manhã em São Francisco de Itabapoana após uma discussão sobre política com o também comerciante Arivalter Gomes Martins Filho 32 anos. O Sargento Sergio, comandante da 3º Cia de Polícia Militar de São Francisco disse que uma guarnição da Polícia Militar quando chegou ao local encontrou Romualdo Neves caído no chão com cerca de 5 golpes de faca e Arivalter Gomes Martins de pé alegando que fora agredido com um soco. O comercio de rações de Arivalter fica próximo a 3º Cia da PM por isso a chegada rápida da viatura policial. Imediatamente ambos foram levados para o Hospital Municipal Manoel Carola sendo que Romualdo Neves em seguida foi levado para o Hospital Ferreira Machado onde foi direto para a sala de cirurgia. Arivalter Martins foi conduzido para a 147º Delegacia de Polícia de São Francisco, e, meia hora após levado para a Delegacia de área na comunidade de Guarus. Familiares de Arivalter estiveram na 146 DP de Guarus em Campos com documentos e exames, mostrando que ele sofre de epilepsia e tem constates desmaios. Parentes alegam que, por causa da doença, ele é um homem nervoso, desequilibrado.

A explicação da delegada adjunta da 146ª, Ivana Morgado, para os familiares de Arivalter é de que ela não poderia analisar o grau de sua doença, o que caberia à família fazê-lo posteriormente.

— Ele às vezes fica uma hora parado, olhando para o tempo. Ele toma remédios controlados — disse um familiar sem se identificar.

5 comentários:

Hercules disse...

Paulo Noel, é curioso, e desperta uma pergunta, este rapaz estava desmaiado ou em convulsão epilética, por isso esfaqueou Romualdo, uma pessoa com problemas pode ter um comercio, comprar e vender, interessante para isso a doença ou disturbio nao o atrapalha em nada, curioso não acha?

Abraço

Hércules Augusto

Anônimo disse...

Caro Paulo Noel,

Como filho do Romualdo Neves de Azevedo e participante ativo do seu Blog (talvez um dos mais assíduos), eu não posso deixar de fazer minhas devidas observações sobre o que ocorreu com o meu pai no último dia 27 de outubro e nem tão pouco sobre a matéria postada aqui.

Eu não sei quem deu origem a essa versão que o Romualdo e o Arivalter discutiram sobre política, mas isso realmente não procede!!! O que o meu pai nos contou, NÃO TEM NADA HAVER com o que foi divulgado por vocês (quando eu digo vocês, eu me refiro aos meios de comunicação de modo geral. Afinal, esse caso teve repercussão no rádio, na internet e em um dos jornais campistas).

Segundo o meu pai, na manhã do dia 27/10 ele foi até o estabelecimento comercial do Arivalter para comprar um saco de ração para os nossos cachorros. Ao chegar no referido comércio, o Romualdo deu uma nota de 50 reais para o Arivalter e pediu um saco de ração. Quando o Arivalter foi buscar o troco, o Romualdo disse para o Arivalter que não iria mais levar a mercadoria, pois acabava de lembrar que tínhamos em casa um saco de ração ainda não utilizado.

Em posse do dinheiro, o Arivalter disse não devolveria o dinheiro e que o meu pai teria sim que levar a mercadoria, pois o negócio já havia sido feito e que ele não aceitava desistência. O Romualdo então alegou que isso não fazia sentido, pois ele ainda não havia tirado a mercadoria da loja e nem mesmo aberto a embalagem do produto (o que poderia ser usado como contra-argumento pelo comerciante, que poderia dizer que não tinha interesse de vender produtos por varejo e sim por atacado).

O Romualdo tentou por argumentar diversas vezes dizer que não fazia lógica ter que levar um saco de ração na garupa da bicicleta até Santa Clara, já que em tempo ele havia se lembrado que tínhamos o mesmo produto na garagem da nossa casa. Além disso, o Romualdo já fora cliente do Arivalte em outros momentos e garantiu ao comerciante que assim que realmente precisasse de ração para cachorros, iria, mais uma vez, dar a preferência a ele.

Infelizmente, todos os argumentos foram em vão. O comerciante abaixou-se atrás do balcão e de lá sacou um canivete. Com uma espantosa agilidade, o Arivalte saltou sobre o balcão e começou a agredir o meu pai. O meu pai demorou muito para poder entender o que estava acontecendo, pois quando o comerciante se abaixou atrás do balcão o papai achava que ele iria buscar o troco do dinheiro para devolver. Quando o Romualdo percebeu, ele já havia levado diversas canivetadas na região do tórax e um largo corte na direção do pescoço onde o agressor tentava degolá-lo.

Diversas vezes o comerciante/agressor falava que iria matá-lo, pois não admitiria que a compra do produto fosse cancelada. Como o agressor tem 31 anos e estava armado e o agredido 63 anos e desarmado, é inevitável dizer que o ato foi de extrema covardia. Ao total, o meu pai levou 10 canivetadas (08 perfurações e 02 cortes) - não foram “apenas” 05 canivetadas conforme está escrito no Blog!


Felizmente uma senhora que passava na rua viu o que estava acontecendo e parou um motoqueiro que passava para que socorresse o meu pai. Quando o motoqueiro chegou, o meu pai caiu no chão, muito ensangüentado e extremamente ferido. Entretanto, o agressor ainda teve forçar para dar 02 chutes no meu pai caído no chão.


O que aconteceu posteriormente é realmente como está relatado em seu Blog. O Romualdo foi levado para o Hospital Manoel Carola, na localidade de Ponto de Cacimbas e posteriormente transferido para o Hospital Ferreira Machado, em Campos.

Mesmo morando no Rio de Janeiro, no dia 27/10, ao saber do ocorrido, eu fui imediatamente para Campos e lá encontrei o meu pai internado (onde ainda se encontra até a presente data). Felizmente o meu pai não corre risco de morte e estamos todos torcendo para que ele possa se recuperar o prontamente.

Os médicos acham que ele está fazendo grandes avanços, e acham que isso se deve ao bom estado de saúde que ele tem e por ter sido socorrido com muita eficiência para Campos Em Campos ele fez uma cirurgia, pois uma das canivetadas havia perfurado o intestino.
. Os médicos em Campos acham que se demorasse um pouco mais pelo socorro, o caso do meu pai poderia ter sido tornado fatal.

Por esse motivo, fazendo quase que um parênteses nessa trágica estória que assombrou minha família, quero deixar aqui toda a minha gratidão ao médico e ao motorista da ambulância que acompanharam o meu pai de São Francisco para Campos. Infelizmente eu ainda não sei o nome dos profissionais, mais tentarei descobrir para que de alguma forma eu possa agradecê-los pelo maravilhoso e eficiente trabalho de transferência hospitalar.

Aproveitando a oportunidade, quero agradecer também aos diversos amigos que nos procuraram para oferecer ajuda e palavras apoio. Não posso citar nomes aqui, pois certamente minha mente iria me trair e eu iria acabar esquecendo de algumas pessoas muito queridas. Eu já estou de volta ao Rio, mas certamente nunca me esquecerei tanta demonstração de carinho por parte dos nossos amigos.

Quanto ao agressor, espero sinceramente que ele continue detido. Para mim tanto faz se ele ficará detido na casa de custódia ou no manicômio (já que estão alegando que ele tem problemas psíquicos e que por isso faz uso de medicamentos). O importante é que este cidadão não deve voltar às ruas, pois não desejo que nenhum outro filho são franciscano receba uma ligação para dizer que o seu pai foi agredido e que não sabem se ele se recuperará. O que eu passei, ou melhor, o que passamos, isso eu realmente não desejo a ninguém!

Atenciosamente

Ruy Temberg Azevedo.

Anônimo disse...

Caro Ruy. Agradeço informações. O único contato que tive com alguém da família, logo após o fato, foi com a Cristiane, filha do Seu Romualdo. Estive com ela em duas oportunidades, e, também pelo telefone celular. Ela sempre informava que o pai não podia falar por orientação médica. Agora, através de seu comentário, é que estou sabendo a versão do seu Romualdo. Lamento, sinceramente, o que aconteceu com seu pai. Estive também com um rapaz, não me lembro o nome, que ajudau a acudir seu pai no momento da agressão. A versão passada pelo Arivalter foi dada ao Blog na frente de policiais militares quando ele estava retornando do Hospital já que também teve leve ferimento na mão durante o episódio. Peço a Deus em minhas orações pelo pronto restabelecimento do seu Pai Romualdo. Grande abraço PN.

Anônimo disse...

Em tempo: caro Ruy. A versão sobre o fato que está no Blog foi dada pelo próprio agressor em frente a varios PMs em frente a 3º Cia de PM no dia do ocorrido. Grato, Paulo Noel.

Anônimo disse...

Caro Paulo Noel,

Muito obrigado pelo atenção e por palavras tão gentis. Eu já estava ciente que apenas o agressor havia dado a versão dele, já que no dia do ocorrido o meu pai estava impossibilitado de falar. Quando eu escrevi para você, tinha em mente apenas de dar o outro lado da versão e jamais achei que o que foi divulgado pudesse ter sido inventado ou algo assim. Eu conheço e admiro o seu trabalho.

Bom, felizmente o pior não aconteceu e o meu pai continua se recuperando be. Isso é o mais importante!

Um forte abraço,

Ruy Temberg.