A morte de uma criança que completou um ano de vida no último dia 21, revoltou a família, em São Francisco de Itabapoana, que acusa de descaso a Secretaria de Saúde daquele município. O pequeno Kevyn Ferreira Barreto não resistiu à demora no atendimento, já que no posto médico de Imburi não havia nem médicos nem ambulância para transferir a criança para o hospital Manoel Carola, em Ponto de Cacimbas, o mais próximo. Após passar mal na tarde de quarta-feira, Kevin morreu.
De acordo com o pai da criança, o lavrador Cléber dos Santos Barreto, 30 anos, o menino sentia febre, evacuava há dois dias e não se alimentava bem. Mesmo com o surto de dengue no estado, a criança não foi encaminhada a um exame que diagnosticasse ou não a doença. “Não realizaram exame nenhum. Diziam que Kevyn estava gripado e receitaram soro e antibióticos”, contou o pai.
Na tarde de quarta-feira, Kevyn piorou e a mãe dele, a dona-de-casa Sue Helen Ferreira, conseguiu carona e levou o filho até o posto médico de Imburi. “Ela não encontrou médico nem ambulância para transferir meu filho para o Hospital. Pegou outra carona até o Centro de São Francisco, onde a ambulância do posto médico socorreu Kevyn até o hospital. Pelo tempo que levou, ele chegou morto ao hospital”, lamentou o pai.
O corpo de Kevyn foi transferido para o Instituto Médico Legal (IML/Campos), onde a causa da morte será detectada através de necropsia. O laudo deve sair nos próximos dias. A família quer Justiça. “Não teremos Kevyn de volta, mas queremos justiça, para que não aconteça o mesmo com outra família”, desabafou Patrick Wanderson Ferreira de Oliveira, tio da criança.
O avô de Kevyn, o motorista João batista Oliveira, defende a construção de um hospital no Centro de São Francisco, já que o único do município fica no distrito de Ponto de Cacimbas, a 20 quilômetros do Centro. “Temos que enfrentar essa distância quando necessitamos de médico. E chegando lá, não há médico nem exames disponíveis”, reclamou. Em função do feriado pelo Dia do Trabalhador, não houve expediente ontem na Secretaria de Saúde de São Francisco de Itabapoana para que alguma autoridade se pronunciasse sobre a denúncia feita pela família de Kevyn.
De acordo com o pai da criança, o lavrador Cléber dos Santos Barreto, 30 anos, o menino sentia febre, evacuava há dois dias e não se alimentava bem. Mesmo com o surto de dengue no estado, a criança não foi encaminhada a um exame que diagnosticasse ou não a doença. “Não realizaram exame nenhum. Diziam que Kevyn estava gripado e receitaram soro e antibióticos”, contou o pai.
Na tarde de quarta-feira, Kevyn piorou e a mãe dele, a dona-de-casa Sue Helen Ferreira, conseguiu carona e levou o filho até o posto médico de Imburi. “Ela não encontrou médico nem ambulância para transferir meu filho para o Hospital. Pegou outra carona até o Centro de São Francisco, onde a ambulância do posto médico socorreu Kevyn até o hospital. Pelo tempo que levou, ele chegou morto ao hospital”, lamentou o pai.
O corpo de Kevyn foi transferido para o Instituto Médico Legal (IML/Campos), onde a causa da morte será detectada através de necropsia. O laudo deve sair nos próximos dias. A família quer Justiça. “Não teremos Kevyn de volta, mas queremos justiça, para que não aconteça o mesmo com outra família”, desabafou Patrick Wanderson Ferreira de Oliveira, tio da criança.
O avô de Kevyn, o motorista João batista Oliveira, defende a construção de um hospital no Centro de São Francisco, já que o único do município fica no distrito de Ponto de Cacimbas, a 20 quilômetros do Centro. “Temos que enfrentar essa distância quando necessitamos de médico. E chegando lá, não há médico nem exames disponíveis”, reclamou. Em função do feriado pelo Dia do Trabalhador, não houve expediente ontem na Secretaria de Saúde de São Francisco de Itabapoana para que alguma autoridade se pronunciasse sobre a denúncia feita pela família de Kevyn.
Um comentário:
Caros leitores,
Pelo jeito existe algo de MUITO errado com o sistema de saúde desse município
Este blog e o jornal O Diário do dia 02/05/2008 informaram que existem suspeitas que o pequeno Kevyn Barreto tenha morrido por falta de atendimento médico no posto de Imburí. Segundo o pai do dito-cujo, ao procurar o posto de saúde o filho não encontrou médicos e nem ao menos uma ambulância para levá-lo ao hospital municipal.
Agora, após ler o depoimento da Raquel Gonçalves, não sei se a história do Kevyn teria um final menos triste caso ele tivesse sido levado diretamente para o Hospital Manoel Carola.
De acordo com o que a Raquel nos diz em seu relato, pessoas menos “conhecidas” recebem tratamento diferenciado neste hospital. É vergonhoso saber que funcionários desqualificados estejam trabalhando em uma área que necessita de habilidades tão humanas e éticas.
Lamento profundamente pela humilhação e dor que a mãe da Raquel e a família do Kevyn tiveram que passar. Realmente é vergonhoso. Vergonhoso porque? Eu vou explicar. Vejam só o que está escrito no site oficial da PMSFI, na parte da secretaria de saúde:
”SAÚDE, PREVENÇÃO E QUALIDADE DE VIDA
Os avanços na área de saúde de São Francisco são visíveis através das inúmeras ações e programas desenvolvidos com o objetivo de oferecer melhor atendimento a comunidade. A maior preocupação é com o
atendimento humanizado com distribuição de medicamentos
para os mais carentes. Outro destaque do setor é o
trabalho preventivo que prioriza a saúde melhorando a
qualidade de vida da população.
Secretaria Municipal de Saúde
Secretário: Dr. PEDRO JORGE CHERENE Jr.
Endereço:Nilton Mayerhoffer,48
Telefone:(22)27890606 / 27890667/27890665 Ponto de Cacimbas”.
Lindo o texto, concordam? Mas isso aí “é coisa para inglês vê”. Quem eles acham que estão enganando? Prefiro nem comentar nada sobre o que está escrito a cima para não aumentar a minha indignação com o precário e dissimulado sistema de saúde do nosso município.
Interessante mesmo é que isso entrou para a banalidade. Poucas pessoas se dão ao trabalho de se preocupar com os problemas dos outros, mas não notam que este na verdade é um problema de todos!
Sinceramente,
Ruy Temberg.
ruytemberg@yahoo.com.br
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