quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Os impactos ambientais das obras dos Portos do Açú e da Ferrous em SFI

Duas localidades em São Francisco de Itabapoana , Gargaú e Barra do Itabapoana são as que mais vão receber de forma direta o impacto ambiental resultado dos investimentos dos portos do Açú em São João da Barra e da Ferrous na divisa de SFI com o ES.

Tanto as autoridades estaduais quanto as municipais já deveriam estar projetando uma infra-estrutura para estas localidades tendo em vista o que vem por aí em termos de desenvolvimento.

Não podemos ficar isolados aguardando o surgimento de favelas nestas localidades com a chegada de milhares de pessoas de todos os cantos do planeta. O caso e sério. Se nada for feito agora, estas comunidades sofreram muito no futuro.

O e-mail que recebemos hoje do inernauta Luiz Silva luizgeronimo@gmail já espelha a realidade que as autoridades terão que enfrentar, dando toda atenção a Gargaú e Barra do Itabapoana.

Ainda voltaremos ao assunto a respeito do tema “impacto ambiental” com as obras dos portos, pois pelo visto os proprietários responsáveis por estes mega empreendimentos não estão levando em conta estes dados nos relatórios de impacto ambiental. Tanto no RIMA quando no EIA que não inclui São Francisco de Itabapoana como área de impacto direto deste progresso.


Paulo Noel. Bom DIA!

Quero agradecer o espaço cedido nesse blog que é hoje um importantíssimo meio de comunicação em nosso Município.


Também, quero manifestar aqui a minha indignação, ao ver as ruas de Gargaú no estado em que se encontram. É um absurdo, é um desrespeito para com aqueles que pagam os seus impostos em dia, que pagam o IPVA (não me interessa se é destinado ao Governo Federal) dos seus carros e tem que transitar em ruas com verdadeiras "CRATERAS". Outro dia, ouvi de um morador o seguinte relato: "Ontem fiquei de 17:00 até as 22:00 retirando a água que se acumulou em frente a minha casa, devido as chuvas, impossibilitando o meu acesso a minha própria casa, água essa acumulada em uma "cratera". Isso tudo depois de trabalhar duro durante todo o dia" .

Como pode uma localidade como a nossa, que participa diretamente do desenvolvimento do Município, com a sua economia, "cedendo" terreno para a construção da Usina Eólica, a qual fez o nome do Município ser reconhecido em todo o Brasil, ser tratada dessa forma, isso é inadmissível. Hoje 90% das ruas de Gargaú estão intrafegaveis, sem falar da escuridão que toma conta das mesmas, sendo que nós pagamos uma taxa de iluminação pública, imagina se não pagássemos.

Pode ser que algum internauta, leia está nota e diga "ele pensa que é só em Gargaú que tem isso". Já me adianto e digo que sei que não é só em Gargaú, mas cada um tem que fazer o seu papel, o que está acontecendo em Gargaú e redondezas é BRINCADEIRA, e tem mais, agora que estamos chegando ao final do ano, periodo que começam as festividades, começaram a operação "tapa buracos",sendo que vieram tapando até a entrada de Gargaú e pararam, não sei por qual motivo.

O povo tem o poder, mas ele tem que ser posto em ação, caso contrário, nada será feito.

4 comentários:

Anônimo disse...

Realmente pelo que parece ate agora no meio disso tudo nos vamos ficar a mercer da sorte.Em Barra os problemas sao os mesmos,umas das maiores ruas de Barra,a Tiburcio Barreto quando chove e so lama e buraco.Para os turistas que vem vao encontrar a Rua da Praia no mesmo estado da Tiburcio.

Cláudio Heringer disse...

Caro Paulo Noel/Vinicius,
De fato a preservação do ecossistema é uma unanimidade na sociedade contemporânea. A falta de incentivo ao exercício da ecocidadania e da ecoeducação , do amadorismo e da irresponsabilidade das autoridades municipais atualmente expõe comunidades como Barra do Itabapoana e Gargaú, devido a sua localização geográfica, a toda sorte de impactos ambientais negativos que, a curtíssimo prazo, poderá comprometer ainda mais a falta de estrutura e o subdesenvolvimento daquelas localidades. Um município com mais de 60Km de litoral não possuir um projeto de gerenciamento costeiro, constitui um crime, ante a garantia constitucional de cada cidadão de reivindicar a um ambiente sadio e ecologicamente equilibrado. Além disso, devemos reconhecer que a sustentabilidade nunca se fez presente na agenda política dos governos desse município. Pelo contrário, as metas para o meio ambiente são praticamente as mesmas de uma década atrás e, o que é pior, não são implementadas na prática. Não temos uma atuação efetiva e comprometida com a defesa do nosso rico ecossistema. Constantemente temos notícias de que indivíduos retiram areia de bens públicos como rios e praias. Madeira de manguezal vem sendo utilizada para a construção de benfeitorias etc.. Não temos fiscalização. Sem uma legislação eficiente sobre a matéria em questão que, entre outros, obrigue a compensação financeira pela exploração de recursos minerais (exploração de energia eólica, etc.) e sem assumir responsabilidades, a administração municipal, sabe-se lá até quando, continuará a contar os prejuízos de sua inércia e descaso para com a nossa já combalida população.

Ilzomar Soares disse...

Caro Dr. Cláudio,

As palavras descritas em seu comentário traduzem exatamente a necessidade em desenvolver ferramentas com raízes e instrumentos de monitoramento capazes de fortalecer as ações que por vezes encontram-se sem qualquer melhoria pelo poder público,e que tornam nossas áreas sensíveis cada vez mais ameaçadas e sem participação de gestão.Nestes últimos dez anos as transformações por ação antrópica, fizeram nossos ambientes entrar em processo de degradação, onde podemos notadamente visualizar as migrações das atividades, que ontem eram basicamente de aproveitamento econômico,como a pesca artesanal e hoje os números são praticamente inexistentes com a produção de pescado em 2000.As famílias que tradicionalmente viviam da pesca,principalmente em Gargaú, hoje apresentam um número muito inferior comparativamente aquela época.Escrevi este trabalho em 2004, e tinha em mente contribuir para a melhoria e resiliência de ambientes sensíveis.
...neste contexto que reside a importância da elaboração e implementação de um Programa Específico de Gestão Pública com Gerenciamento Costeiro,levando-se em conta a vocação e a condição econômico-social da região. Segundo CICIN-SAIN (1998) é um processo dinâmico e contínuo no qual as decisões são tomadas para o uso sustentável, desenvolvimento e proteção dos recursos das áreas costeiras e marinhas. Possui igualmente a responsabilidade de unir os mais diversos setores governamentais, a sociedade organizada e a ciência, de forma a compatibilizar o processo de gestão por meio de interesses setoriais e políticos, preparando e implementando assim, um Projeto integrado para a conservação e o desenvolvimento dos ecossistemas e recursos costeiros...
Sendo asssim Dr.Cláudio ao ler vosso artigo,mais do que condordar com suas palavras,sinto-me na obrigação como cidadão e partícipie em implantar no nosso Município, um modelo estrutural de Gerenciamento Costeiro.

Vamos juntos,a realidade pode ser de todos,com participação da sociedade,e parcerias em prol do desenvolvimento sustetável.

Ilzomar Soares

Biólogo Marinho

Vinícius Berto disse...

Caro Anônimo, por favor, se identifique. E lembrando a você, a divisa entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo é o Rio Itabapoana. O trecho entre a ponte e o posto de fiscalização pertence ao Espírito Santo. O blog teve uma informação, carecendo de confirmação, que esse trecho de um quilômetro não foi asfaltado pelo Governo Capixaba em função de os órgão ambientais exigirem um estudo de impacto ambiental, já que a região fica alagada em época de cheia do Rio Itabapoana.