terça-feira, 29 de maio de 2012

Dia Nacional da Mata Atlântica marcado por recuperação da mata ciliar em SFI


A mata vistoriada apresenta ótimo crescimento para dois anos
Neste domingo (27/5), foi Dia Nacional da Mata Atlântica. E em São Francisco de Itabapoana alguns agricultores assistidos pelo Programa Rio Rural têm de fato o que comemorar. O agricultor Antônio Amaro Ferreira há dois anos foi beneficiado pelo Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, e atualmente colhe com sucesso os frutos dos projetos de recuperação de mata ciliar e proteção de nascente, implantados com apoio do programa em sua propriedade.

Aos agricultores que questionam o espaço ocupado pelas 750 árvores florestais e frutíferas, que antes era usado para a lavoura convencional, ele dá a seguinte resposta: “Não é uma perda, é um benefício para todos nós. Quando eu vejo alguma notícia sobre desmatamentos e os problemas que eles provocam, eu penso que estou fazendo minha parte”, diz o produtor, animado.

Antônio faz parte do grupo de agricultores parceiros do Rio Rural em todo o Norte Fluminense, que estão executando projetos de preservação ou recuperação de áres de Mata Atlântica. Apenas na região, são 19 sistemas agroflorestais, 87 proteções de nascentes e 32 recuperações de mata ciliar, num total aproximado de 140 hectares. Supervisor local da Emater-Rio em São Francisco de Itabapona e técnico executor do Rio Rural, João Henrique das Posses diz que se sente recompensado quando vê o resultado do trabalho. “Esse morro dele estava erodido, os açudes estavam em risco e a nascente estava fraca. Hoje ver todas essas árvores tão bem encaminhadas dá orgulho e satisfação”, revela o técnico, que atua na microbacia Fazenda Tipiti, onde fica o sítio de Antônio.

Os animais passaram a frequentar mais o sítio de Antônio
O agricultor relembra que quando as mudas foram plantadas, em abril de 2010, ele precisou irrigar para que nenhuma se perdesse no inverno, quando a quantidade de chuvas cai muito na região. “Agora elas estão indo sozinhas, estão grandes, e já posso perceber os resultados: a água está muito mais farta e a nascente nunca mais ficou fraca. Cheguei a ficar preocupado numa época seca. O que seria da minha propriedade sem água?”, indaga.


Consultor de monitoramento do Rio Rural, Walmir Henriques Macedo diz que outro benefício que já pode ser percebido no local dos projetos é o aumento da quantidade e variedade de pássaros que visitam o sítio. “Isso é muito bom para os pássaros e para a própria mata. Eles mesmos disseminam sementes. Até papagaio está vindo aqui”, explica.

No sítio, de 6,4 hectares, Antônio cultiva de forma consorciada coco, mamão, goiaba, abóbora, caju, fruta-pão, banana e acerola, vendidos para hortifrutis da região e para o Rio de Janeiro. “Aqui não precisa de nenhum adubo, o material que cai das árvores já é muito bom para o solo”, revela. Além do consórcio de culturas, ele também tem roças de abacaxi e aipim no sítio e está disposto a participar de novos projetos do Rio Rural.

Incentivo – O Campo de Mudas de São Francisco de Itabapoana produz mudas de árvores nativas e frutíferas e mantém um programa de troca de garrafas PET por mudas, durante todo o ano, para moradores do município. Quem quiser informações pode ligar para o escritório da Emater-Rio no município. Tel: (22) 2789-5252.

Com informações da Ascom do Rio Rural
Fotos: Flávia Pizelli

Nenhum comentário: