quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Carla Machado fala em perseguição política: "Fomos vítimas dessa trama arquitetada pelos nossos adversários políticos"

Segundo Delegado da PF Paulo Cassiano, os dois políticos  presos integravam uma quadrilha, formada com a intenção de desestabilizar o pleito do próximo domingo (07/10)

Neste momento a prefeita de São João da Barra está no interior da Rádio Barra FM em SJB para conceder entrevista sobre o que aconteceu durante a madrugada numa ação da Polícia Federal de Campos que resultou em sua prisão e do vereador Alexandre Rosa. Toda imprensa da Região está presente aguardando o que tem a falar a prefeita sobre tudo que aconteceu na noite e madrugada. 

Atualizado às 09h50m. No primeiro momento da entrevista a prefeitura Carla Machado fala em perseguição política. 


Atualizado às 15h44m com informações do site Ururau.

VÍTIMA DE UMA TRAMA
“Fomos vítimas dessa trama de maldade, arquitetada pelos nossos adversários políticos.  Todos sabem os resultados das pesquisas e o nosso partido tem uma ampla vantagem contra o candidato do PR”, disse a Prefeita à Rádio Barra FM.

“Saímos do comício, quando pararam alguns carros sem identificação, gritando e mandando descer”. “Dra. Priscila estará indo para o Rio buscando os recursos necessários e vamos até o fim. Não é porque se trata da Polícia Federal, que vamos ter medo. Foi uma arbitrariedade. Vamos entrar com recurso na Corregedoria da Polícia Federal”, disse a Prefeita afirmou ainda que pessoas da oposição sabiam da prisão com antecedência.

“As vezes a gente pensa que alguma coisa vem para o nosso mal, mas ela no fundo nos abre tantas portas. Eu tenho certeza que tudo isso que aconteceu é devido a essa eleição que nós vamos ter aí no próximo domingo. Todos sabem o resultado da pesquisa onde o nosso partido (PMDB), tem uma ampla margem de vitória com relação ao nosso adversário do PR, que inclusive foi quem estava lá na Polícia Federal, estava lá fazendo mais uma vez essas denúncias que são comuns”, diz.

Atualizado com entrevista do delegado Paulo Cassiano ao site Ururau.
O delegado da polícia federal, Paulo Cassiano Júnior, concedeu uma entrevista coletiva, na manhã desta quarta-feira (03/10), onde explicou detalhes da “Operação Machadada”, que resultou na prisão da prefeita de São João da Barra, Carla Machado e do vereador e atual candidato a vice-prefeito na chapa do PMDB, encabeçada por Neco, Alexandre Rosa. A Prefeita foi presa quando se dirigia a uma pousada, em Atafona, já Alexandre foi preso na casa do candidato a prefeito do PMDB.

Segundo Paulo Cassiano, os dois políticos integravam uma quadrilha, formada com a intenção de desestabilizar o pleito do próximo domingo (07/10). A prefeita alega que a prisão foi feita de forma arbitrária e que entrará com uma representação na Corregedoria da Polícia Federal.

De acordo com o delegado, Carla, Alexandre e Neco serão indiciados nesta quinta, por formação de quadrilha. O crime é afiançável, Carla pagou R$ 60 mil e Alexandre R$ 50 mil de fiança e foram liberados, após exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal (IML), em Campos.

“Nossa investigação começou há algumas semanas, através de provas testemunhais, dos próprios candidatos aliciados que nos procuraram. Essa quadrilha tinha o objetivo de manipular o resultado das eleições municipais em São João da Barra, comprando apoio de candidatos a vereadores e ela (Carla) era a líder dessa organização”, disse o delegado.

Atualizado com informações do OZK
Carla se despediu, agradecendo o carinho de toda a população e ressaltou que o fato ocorrido deu mais gás à ela nessa reta final de campanha. Na saída, várias pessoas em frente ao prédio da Barra FM apalaudiram a Prefeita e cantaram, novamente, a música de campanha de 2008. Antes de chegar à emissora, Carla falou com o blogueiro Cláudio Andrade. Segundo Cláudio, a prefeita Carla Machado informou que já tinha sido avisada da operação. Carla, na madrugada, já tinha postado em seu facebook uma carta de perseguição. Carla relatou que vai entrar na Corregedoria contra o delegado Paulo Cassiano. A prefeita disse que foi detida sem qualquer mandado de prisão e que ficou por uma hora e meia sem um advogado, pois os policiais não deixaram os mesmos entrarem. Informou também que no momento da abordagem, ela estava com dois advogados e o motorista e não havia nenhum material em seu veículo que pudesse justificar a questão de flagrante. Para ela, se trata de uma armação orquestrada pelos adversários políticos devido ao alto índice de aprovação de seu governo e da liderança do candidato Neco. Carla disse ainda que soube que no comício de Betinho, a operação havia sido ventilada.
A operação da PF aconteceu durante o período em que a Justiça Eleitoral proíbe prisões, com exceção de flagrantes e crimes inafiançáveis. A determinação está valendo desde terça-feira (02).
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