“É importante que os candidatos
eleitos não sigam o exemplo de Dilma Rousseff, que abandonou o Twitter após as
eleições”, relata Gabriel Rossi
O Brasil acaba de eleger 57.434
vereadores para todas as suas Câmaras Municipais. É um “batalhão” de políticos
que começam ou continuam a legislar em 2013. A ampla maioria tentou de alguma
forma utilizar a internet na eleição de 2012, com a criação de sites e,
especialmente, de canais em redes sociais. Para o estrategista em marketing
digital e político Gabriel Rossi, “agora eleito, o vereador precisa manter-se
plugado na internet. Não se pode abandonar quem deseja contato e deu apoio na
web”.
Segundo Rossi, ainda são raros os
casos de políticos que utilizam corretamente as redes sociais na web,
especialmente Twitter e Facebook. “Os candidatos têm uma ferramenta poderosa
nas mãos. Muitos conseguiram angariar milhares de votos ao intensificar a
campanha nas redes sociais e agora, após as eleições, devem se atentar àqueles
que os levaram ao topo”, afirma. “A manutenção do contato nas redes é essencial
para manter uma linha direta com a população, tanto para aqueles que desejam
fazer um bom papel no legislativo quanto para os maus exemplos, aqueles que só
estão pensando na próxima eleição. Eleição não se ganha na véspera. É preciso
construir uma imagem positiva ao longo de todo o mandato”.
O especialista lembra que em 2014
haverá eleições para os legislativos estaduais. “É natural que muitos
vereadores se candidatem a deputado estadual. Mas na internet podemos dizer que
estas eleições já estão ‘batendo à porta’. E, claro, não se pode esquecer o
eleitor, ou seja, a população. O eleitor lembra muito bem quem o esqueceu ou
pelo menos deixou esta impressão, mesmo que na internet”, conta Rossi.
Em 2010, a presidente Dilma Rousseff
ganhou notoriedade no Twitter e atingiu mais de 1,7 milhão de seguidores na
rede. Com isso, conquistou um dos perfis mais influentes do Brasil. Mas logo
após a eleição abandonou a ferramenta. “É um erro. Claro que a presidente está
com a popularidade em alta, conforme apontam pesquisas. Mas não se pode
desprezar o contato direto com 1,7 milhão de pessoas. É muita gente que com
apenas um click é acionada. O que Dilma fará em dois anos? Vai voltar ao
Twitter? Deve voltar, mas seria ótimo se mantivesse o contato”, diz o
especialista.
Para Rossi, o País ganharia muito se
os vereadores mantivessem ativas suas contas em redes sociais. “É um canal de
cobrança do vereador, das mais eficientes. Por isso, muitos eleitos têm receio
de manter este tipo de ferramenta. Mas quem utiliza as redes sociais
corretamente sabe que no fim das contas vale muito ouvir a população, seja com
elogio ou seja com reclamação”, finaliza
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