O Ministério da Saúde confirma
404 casos de microcefalia e/ou outras
alterações do sistema nervoso central, dos quais 17 estão relacionados ao vírus
Zika. As informações estão em boletim divulgado hoje (2) pela pasta, que
descartou 709 casos.
Ainda estão sendo investigados
pelo ministério e pelas secretarias estaduais de Saúde 3.670 casos suspeitos de
microcefalia em todo o país, o que representa 76,7% das notificações. O boletim
refere-se aos casos registrados até 30 de janeiro.
A pasta divulga separadamente
a investigação das notificações de óbito. No total, foram notificadas 76 mortes
após o parto ou durante a gestação. Destas, 15 foram investigadas e confirmadas
para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central e cinco tiveram identificação
do vírus Zika no tecido fetal. Há 56 casos ainda em investigação e cinco foram
descartados.
Segundo o Ministério da Saúde,
a microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika,
como a sífilis, a toxoplasmose, outros agentes infecciosos, a rubéola, o
citomegalovírus e o herpes Viral. "Cabe esclarecer que o Ministério da
Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do
sistema nervoso central, informados pelos estados e a possível relação com o vírus
Zika e outras infecções congênitas", diz em nota.
De acordo o boletim, os 404
casos confirmados desde o início das investigações, no dia 22 de outubro do ano
passado, foram registrados em 156 municípios de nove estados: Alagoas, Bahia,
Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rio
Grande do Sul. A Região Nordeste concentra 98% dos municípios com casos
confirmados. Pernambuco concentra o maior número de municípios com casos
confirmados (56), seguido dos estados do Rio Grande do Norte (31), da Paraíba
(24), da Bahia (23), de Alagoas (10), do Piauí (6), do Ceará (3), do Rio de
Janeiro (2) e do Rio Grande do Sul (1).
Os novos números demonstram
aumento dos casos classificados como confirmados e descartados na última
semana, se comparado aos das semanas anteriores. O crescimento dos casos
investigados e classificados foi de 52%, com relação ao boletim do dia 23 de
janeiro. De 732 na semana anterior, os casos passaram para 1.113.
O Ministério da Saúde orienta
as gestantes a adotar medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes
aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição ao inseto,
como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga
comprida e aplicar os repelentes permitidos para gestantes.
Nas próximas semanas, o
ministério anunciará n a notificação compulsória dos casos identificados como infecção pelo vírus
Zika no Brasil. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) não contabiliza o
número de infecções pelo Zika. O acompanhamento é feito pelo sistema de
vigilância Sentinela para monitorar a circulação do vírus e prestar apoio às
medidas de prevenção à doença. Ag. BR.
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