O Ministério Público do Estado do
Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (GAECO/MPRJ), denunciou à Justiça Ronaldo Gomes de Souza, Ronaldo da
Saúde, vereador da Câmara Municipal de
São João da Barra e candidato à reeleição.
Ele é acusado do crime de
peculato, praticado 46 vezes. O GAECO/MPRJ requereu a prisão preventiva do
vereador, além de busca e apreensão na Câmara e no endereço residencial. Os
mandados foram expedidos pelo Juízo da Vara Criminal do município e cumpridos na
tarde desta sexta-feira (30/10). A operação denominada Casa Assombrada conta
com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). O vereador
foi conduzido pelos agentes para a delegacia local (145a DP).
De acordo com a denúncia, o
vereador desviou recursos públicos em proveito próprio, desde janeiro de 2017
até os dias atuais, por meio da remuneração que seria destinada para Neide
Maria Azevedo Barreiro, nomeada como assessora legislativa em seu gabinete.
A investigação comprovou que Neide
não exerce qualquer função pública, mas trabalha exclusivamente como empregada
doméstica na casa do próprio denunciado. A investigação também concluiu, por
meio de documentos e depoimentos de testemunhas, que a doméstica é
"funcionária-fantasma" do gabinete há quase quatro anos, cuja remuneração do cargo é de R$ 3.712,19.
O valor total do montante é de R$
170.760,74 de dano provocado ao erário, desviados em proveito próprio por
Ronaldo, de acordo com a denúncia. Ainda segundo os investigadores, não há
provas até o momento de que ela tinha ciência de que seus dados pessoais foram
utilizados para constituir um falso vínculo de trabalho.
Além das medidas cautelares, o
GAECO/MPRJ também requereu a suspensão do exercício da função pública do vereador.
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