quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Laboratório clandestino. Fernando Augusto fala daqui a pouco na Rádio São Francisco FM sobre materia publicada pela Folha da Manhã.

A Polícia Civil fechou ontem de manhã um laboratório e um depósito clandestino de remédios manipulados, na praia de Santa Clara, em São Francisco de Itabapoana. Na operação foram detidos quatro funcionários que manipulavam as substâncias — ervas medicinais, essência de mel, eucalipto, conservantes industriais, essências, entre outros. Maria de Fátima de Viana, 43 anos, Cristiano de Souza, 34, Júlio Campos, 47, e Cenilse da Silva Cruz, 39, além de um menor de 14 anos, foram levados para a 147a DP (São Francisco), onde prestaram depoimentos. Maria de Fátima teria contado que, apesar de trabalhar como química no laboratório, na verdade, é rezadeira. O dono do laboratório, que também seria o distribuir do material, Fernando Augusto Terra, está sendo procurado. A polícia chegou ao laboratório após denúncia de um empresário do Ceará, que tinha o CNPJ usado por Fernando para fabricar e distribuir os produtos rotulados de naturais, que eram enviados a diversos estados. O laboratório clandestino usava marcas diferentes, algumas de laboratórios de manipulação legalizados.

Para manipular os diversos medicamentos, o laboratório contava com uma grande estrutura, como caldeirões de decantação, entre outros equipamentos. A polícia também encontrou milhares de embalagens onde os produtos seriam acondicionados para, em seguida, serem distribuídos ao mercado consumidor. Apesar da grande estrutura, os policiais constataram que a manipulação era feira à revelia dos padrões de higiene, não obedecendo nenhum critério técnico. “Apesar dessa aparente estrutura, esse laboratório pode ser definido como de fundo de quintal, embora, depois de embalados, os produtos parecessem de boa qualidade. É um crime contra a saúde pública”, ressaltou um policial. Um funcionário do laboratório afirmou que ao invés de utilizar mel na composição de determinados produtos, fazia uso de açúcar.

Pelo que se apurou até agora, o laboratório usava o CNPJ de outras empresas do ramo, além do laboratório do Ceará. Os policiais apreenderam milhares de produtos prontos para serem distribuídos. Foi preciso um caminhão para transportar o material, que será analisado pela Vigilância Sanitária. Entre os muitos medicamentos estão anti-gripais em embalagem sedutora, afirmando se tratar de “um produto 100% Natural”, acompanhado de bula para indicação de uso, bem como composição. Esse anti-gripal seria composto de mel, copaíba, própolis, sucupira, alho, guaco, agrião, poejo, avenca, angico, romã, gengibre, acerola e eucalipto, enriquecido com vitamina C. A embalagem não tinha o nome do químico ou farmacêutico responsável

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