quinta-feira, 12 de junho de 2008

Duplo homicídio em São Francisco de Itabapoana. Filha de apenas seis anos presenciou assassinato dos pais






A filha Larissa de apenas seis anos presenciou o assassinato. Permaneceu por sete horas na sala até amanhecer o dia quando foi encontrada.

Um duplo homicídio ocorrido ontem, por volta das 23 horas, numa casa localizada na estrada entre as localidades de Santa Rita e Estreito, aumentou as estatísticas da violência que passa o município de São Francisco de Itabapoana. O comerciante e vendedor de abacaxi José Cláudio Silva de Souza, 46 anos, e a esposa Zenaide Gomes de Azevedo, 35, foram assassinados a tiros, e, somente hoje, os corpos foram encontrados por volta das 06h30min. O lavrador Hélio Barbosa Pessanha de 30 anos foi a primeira pessoa a chegar à cena do crime. Ele mora a cerca de 30 metros da casa que é de sua propriedade e estava alugada às vítimas. “Ao me deparar com o corpo de José Cláudio estendido no quintal próximo à casa voltei e avisei ao Carlos Augusto Silva de Souza, irmão da vítima”, conta. Segundo Hélio Barbosa, já em companhia de Carlinhos, como é conhecido o Carlos Augusto, retornaram ao local do crime e então ficaram sabendo do duplo homicídio. “Encontramos a filha do casal Larissa de apenas seis anos sentada na poltrona da sala onde estava caído o corpo da mãe. Foi uma cena horrível, ver aquela criança com ar de espanto correr ao nosso encontro e nos abraçar”. O irmão de Zenaide, Izael Gomes de Azevedo, chegou ao local por volta das 9 horas em companhia de outros irmãos. Chorando muito, ele lamentou a violência com que a irmã fora assassinada. “Não dá para acreditar. O que fiquei sabendo é que o José Cláudio antes de ser assassinado esteve na localidade de Floresta e pagou uma dívida a um cidadão de apelido 'Pico'. Já por volta das 20 horas, ele foi visto na localidade de Esquina bebendo com amigos num bar”, disse Izael. Os vizinhos mais distantes ouviram barulho de tiros, disse outro irmão da vítima José Carlos Silva Souza, conhecido por “Rizadinha”. “A nossa família suspeita que a Zenaide tenha sido assassinada como 'queima de arquivo' por ter presenciado a morte do marido. Temos que ter mais segurança em nosso município”, lamentou Rizadinha. Dona Guiomar Silva de Souza, mãe da vítima, sentada numa cadeira atrás da viatura da Polícia Militar consolada pelos vizinhos e amigos era só tristeza. “Tanto que pedi ao meu filho que parasse de viajar”, disse. No local compareceu uma viatura da PM do DPO de Santa Clara no comando do Sargento Wagner e uma viatura com peritos da Policia Civil. Vários fragmentos de balas, possivelmente de um revolver calibre 38, foram encontrados na sala onde fora assassinada a Zenaide, que também é conhecida por Lúcia. Seu marido era conhecido como "Cote". Quando nossa reportagem saiu do local do crime, por volta das 09h30min, o rabecão do IML ainda não havia chegado. A Polícia Militar solicita aos moradores que, se tiverem alguma pista dos assassinos, informem pelo telefone 190. O anonimato será preservado e a medida facilitará o trabalho de investigação.

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