quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Mais um porto muito próximo de São Francisco de Itabapoana


foto: Editoria de Artes / Jornal A Gazeta-ES. (Clique para ampliar)

O complexo industrial e o porto serão construídos no município de Presidente Kennedy, no Extremo Sul do Estado


Com projetos de investir US$ 5,7 bilhões no Brasil até 2013 - sendo US$ 2,7 bilhões no Espírito Santo, a Ferrous Ressources do Brasil anunciou ontem, em Vitória, que construirá um porto de grande calado, três usinas de pelotização, além de um mineroduto ligando Minas Gerais ao Espírito Santo. O complexo industrial e o porto serão construídos no município de Presidente Kennedy, no Extremo Sul do Estado (veja o local no Google Maps). Formado por dez fundos de investimentos da Austrália, Inglaterra e Estados Unidos, além de pequenos investidores brasileiros, a Ferrous foi criada há pouco mais de um ano, mas já investiu US$ 500 milhões para adquirir cinco minas na região de Serra Azul (MG), na área de quadrilátero ferrífico daquele Estado, considerada a maior província mineral do mundo.Conforme A GAZETA divulgou com exclusividade há uma semana, a escolha do Espírito Santo para o investimento se deve, segundo um dos membros do conselho de administração da Ferrous, o diplomata e empresário Jório Dauster, às condições geográficas de instalação de um porto com cerca de 20 metros de calado, além de áreas propícias para novas pelotizadoras. "Província siderúrgica" Ele ressaltou, ainda, que o Espírito Santo se transformará numa grande província siderúrgica exatamente pela proximidade entre as unidades de produção de pelotas de minério (matéria-prima do aço) e as plantas siderúrgicas. "Em vez de exportar pelotas para as indústrias em outros continentes, o aço será produzido aqui, reduzindo o custo e ganhando competitividade internacional", avalia Dauster. O projeto da Ferrous, que tem outras 18 sondas fazendo pesquisas em áreas de minério no país, foi apresentado ontem à tarde ao governo do Estado e ao prefeito de Presidente Kennedy, no Palácio Anchieta. Dauster não descarta, inclusive, a instalação de uma siderúrgica na área de 11 milhões de metros quadrados adquiridos pela Ferrous em Presidente Kennedy. Volume A partir de 2014, a companhia pretende produzir 50 milhões de toneladas de ferro por ano. As pesquisas feitas até agora indicam que as reservas da empresa chegam a 2 bilhões de toneladas de ferro. Uma das minas compradas pela Ferrous, a Serrinha, localizada em Brumadinho (MG), está sem atividade há 13 anos, e a Ferrous está realizando a recuperação ambiental da área antes a produção. No mesmo município, fica a mina de Esperança; há outras duas em Itatiaiuçu e Congonhas (Viga). O mineroduto que será construído para transportar o minério até Presidente Kennedy partirá desta última mina. Segundo o diretor financeiro da Ferrous, Robert Graham, até meados de 2009, a empresa pretende iniciar as obras do porto em Presidente Kennedy, que entrará em operação em 2013. Até lá, a empresa exportará o minério pelo Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro. Já as usinas de pelotização deverão começar a operar somente a partir de 2014. Terminal terá capacidade superior ao de VitóriaA exemplo do que a Vale pretende fazer em Ubu - construir um porto com calado suficiente para receber navios de grande porte, a intenção da Ferrous Resources do Brasil é construir um terminal com pelo menos 20 metros de calado. Só para se ter uma idéia, o Porto de Vitória tem hoje 11,5 metros de profundidade. Não valeria a pena investir num projeto de grande porte, segundo os executivos da Ferrous, se não fosse garantido um porto para receber os navios com capacidade para transportar mais de 300 mil toneladas de minério ou outro produto. Será necessário fazer a dragagem da área que vai do início da ponte, que terá extensão de 6 km, até o píer de atracação. Segundo o diretor financeiro da Ferrous, Robert Graham, o projeto está em fase de finalização e, em meados de 2009, as obras deverão começar. "Estamos finalizando o projeto, e começaremos logo o processo de licenciamento ambiental", explicou. Fonte: (Denise Zandonadi - A Gazeta)

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