São Francisco é sede de Encontro de Avaliação da Pesquisa Sísmica
O município de São Francisco de Itabapoana foi palco do 3ª Encontro intermunicipal para avaliação dos impactos de pesquisa sísmica nas comunidades pesqueiras. O encontro, que aconteceu na tarde desta sexta-feira (20), na Câmara de Vereadores, teve como principal objetivo a criação de uma comissão não deliberativa para discutir os impactos causados pela sísmica e elaboração de um documento único que será entregue aos poderes públicos, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Petrobras.
Durante o encontro ficou decidido que a comissão será composta por representantes do poder público e dos pescadores. Estiveram presentes autoridades dos municípios de São João da Barra, Arraial do Cabo, Campos, Macaé, Carapebus, Rio das Ostras e Cabo Frio. Além de órgãos como a Firjan, Ibama, Uenf, a ong EcoAnzol e várias associações e colônias de pescadores da região.
De acordo com o secretário de Agricultura de São Francisco de Itabapoana, Nival Ornellas, a disputa entre a Petrobras e os pescadores é como a de um tubarão com um lambari. “Todas as prefeituras querem ter a Petrobras como parceira. Mas, sem prejudicar o pescador.”, finalizou Nival.
Segundo os pescadores, as pesquisas têm trazido inúmeros prejuízos ambientais e financeiros. Os pescadores apelidaram o navio de pesquisa sísmica da Petrobras de “Chupa Cabras” em função de sua atuação devastadora para a pesca regional. “Os barcos de pesca se afastam para o navio de pesquisa sísmica passar. Mas quando voltamos para nossa rota, a maior parte de nossas iscas vivas que ficam dentro do barco estão mortas e demora de 2 a 3 h para os peixes voltarem. Se é um mal necessário onde está a compensação”, questionou o presidente da associação de pescadores da Lagoa de Carepebus, Tio Jorge.
Os pescadores e pesquisadores reclamam que a partir da década de 90 o impacto da pesquisa sísmica provocou um verdadeiro estrago no setor pesqueiro. Foi quando espécies de peixes como peruá, cação, curvina e até golfinhos diminuíram e sumiram da região.
É consenso entre os integrantes da comissão que a empresa deva utilizar barcos de pesquisa que tenham impacto menor no meio ambiente, como o barco de pesquisa sísmica de cabo de fundo que é menos nocivo e que traz menos prejuízo sócio econômico. Outra proposta seria o investimento nas comunidades de pescadores e no auxilio as suas famílias.
Este é o terceiro encontro que acontece, os outros dois foram em Macaé e São João da Barra. A primeira reunião da comissão será no dia 31 de março na subsecretaria de pesca de Macaé.
Pesquisa Sísmica
A pesquisa é realizada para encontrar petróleo. Ela opera através de ondas sonoras para fazer um mapeamento do fundo do mar, durando de 150 e 180 dias. Essas ondas repercutem na água e afugenta os peixes e obriga o deslocamento do pescador. O equipamento utilizado pode lançar resíduos que envenenam os peixes, caso sofra algum dano. (Texto e foto da assessoria de imprensa da prefeitura de SFI)
O município de São Francisco de Itabapoana foi palco do 3ª Encontro intermunicipal para avaliação dos impactos de pesquisa sísmica nas comunidades pesqueiras. O encontro, que aconteceu na tarde desta sexta-feira (20), na Câmara de Vereadores, teve como principal objetivo a criação de uma comissão não deliberativa para discutir os impactos causados pela sísmica e elaboração de um documento único que será entregue aos poderes públicos, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Petrobras.
Durante o encontro ficou decidido que a comissão será composta por representantes do poder público e dos pescadores. Estiveram presentes autoridades dos municípios de São João da Barra, Arraial do Cabo, Campos, Macaé, Carapebus, Rio das Ostras e Cabo Frio. Além de órgãos como a Firjan, Ibama, Uenf, a ong EcoAnzol e várias associações e colônias de pescadores da região.
De acordo com o secretário de Agricultura de São Francisco de Itabapoana, Nival Ornellas, a disputa entre a Petrobras e os pescadores é como a de um tubarão com um lambari. “Todas as prefeituras querem ter a Petrobras como parceira. Mas, sem prejudicar o pescador.”, finalizou Nival.
Segundo os pescadores, as pesquisas têm trazido inúmeros prejuízos ambientais e financeiros. Os pescadores apelidaram o navio de pesquisa sísmica da Petrobras de “Chupa Cabras” em função de sua atuação devastadora para a pesca regional. “Os barcos de pesca se afastam para o navio de pesquisa sísmica passar. Mas quando voltamos para nossa rota, a maior parte de nossas iscas vivas que ficam dentro do barco estão mortas e demora de 2 a 3 h para os peixes voltarem. Se é um mal necessário onde está a compensação”, questionou o presidente da associação de pescadores da Lagoa de Carepebus, Tio Jorge.
Os pescadores e pesquisadores reclamam que a partir da década de 90 o impacto da pesquisa sísmica provocou um verdadeiro estrago no setor pesqueiro. Foi quando espécies de peixes como peruá, cação, curvina e até golfinhos diminuíram e sumiram da região.
É consenso entre os integrantes da comissão que a empresa deva utilizar barcos de pesquisa que tenham impacto menor no meio ambiente, como o barco de pesquisa sísmica de cabo de fundo que é menos nocivo e que traz menos prejuízo sócio econômico. Outra proposta seria o investimento nas comunidades de pescadores e no auxilio as suas famílias.
Este é o terceiro encontro que acontece, os outros dois foram em Macaé e São João da Barra. A primeira reunião da comissão será no dia 31 de março na subsecretaria de pesca de Macaé.
Pesquisa Sísmica
A pesquisa é realizada para encontrar petróleo. Ela opera através de ondas sonoras para fazer um mapeamento do fundo do mar, durando de 150 e 180 dias. Essas ondas repercutem na água e afugenta os peixes e obriga o deslocamento do pescador. O equipamento utilizado pode lançar resíduos que envenenam os peixes, caso sofra algum dano. (Texto e foto da assessoria de imprensa da prefeitura de SFI)
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