Foto: José Cruz/ABr
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante coletiva sobre os vetos da presidenta Dilma Rousseff ao Artigo 3º do projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados que muda as regras de distribuição dos royalties do petróleo de campos já em exploração.
Brasília - A presidenta da República, Dilma Rousseff vetou o
Artigo 3º do projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados que muda as regras
de distribuição dos royalties do petróleo de campos já em exploração. Além
disso, todos os royalties dos futuros contratos serão destinados à educação.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que a
decisão da presidenta Dilma tem um “grande significado histórico”. “Todos os
royalties, a partir das futuras concessões, irão para a educação. Isso envolve
todas as prefeituras do Brasil, os estados e a União, porque só a educação vai
fazer o Brasil ser uma nação efetivamente desenvolvida”, disse.
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que a
medida provisória (MP), que será encaminhada para publicação no Diário Oficial
da União na próxima segunda-feira (3), tem como premissas o respeito à
Constituição e aos contratos estabelecidos, a garantia da distribuição das
riquezas do petróleo e o fortalecimento da educação brasileira.
A ministra espera "sensibilidade" do Congresso
Nacional para a aprovação da MP e argumentou que a medida vai beneficiar todos
os entes federativos. "Estamos chegando num momento que não conseguimos ir
para frente, não conseguimos fazer novas concessões porque não temos uma regra
estabelecida na distribuição de royalties. Então, começamos a passar para um
momento em que todos vão perder. Da forma como estamos mandando a medida
provisória, respeitando a distribuição feita pelo Congresso, dirigindo para a
educação, acredito que vamos ter a sensibilidade do Congresso Nacional."
Segundo Gleisi, a presidenta procurou conservar a maior
parte do que foi deliberado no Congresso Nacional. “O veto ao Artigo 3º,
resguarda exatamente os contratos em exercícios e redistribuição dos royalties
ao longo do tempo”, disse.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o
veto não significa "nenhum desapreço ao Congresso Nacional",
"mas sim a defesa de dispositivos constitucionais que asseguram a
preservação dos contratos firmados até então." (Ag. BR)
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