A decisão foi tomada
após reuniões com líderes da base aliada na Câmara e o ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo.
“Não há mais condições de fazer qualquer consulta antes
de outubro e, não havendo condições temporais, qualquer reforma que venha, só
se aplicará para as próximas eleições”, disse o vice-presidente, Michel Teme.
O vice-presidente disse que o próximo passo será os líderes
dos partidos aliados na Câmara e no Senado elaborarem, em conjunto, o texto do
projeto de decreto legislativo destinado a convocar a consulta popular. Os
parlamentares calculam que precisarão de, pelo menos, 15 dias para concluir o
projeto de decreto legislativo – instrumento usado para convocação do
plebiscito.
Apenas a partir daí, senadores e deputados vão se debruçar
sobre os temas que farão parte da consulta. Temer lembrou que há consenso sobre
o plebiscito, porém, é possível promover mudanças no sistema político adotando
outras alternativas.
Presente à reunião no Palácio Jaburu, o ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, disse que a decisão não desgasta o governo. Ele negou que
o adiamento do plebiscito represente um recuo. “Ao contrário [de recuo], houve
uma proposta clara de plebiscito que colocou na pauta [o tema] reforma
política, algo que a população brasileira reclama há décadas”, disse ele.
Cardozo ressaltou que a base aliada está afinada e apoia a
consulta popular sobre os principais pontos que devem ser alterados no sistema
político brasileiro. “A sociedade brasileira sairá vitoriosa. Teremos um novo
modelo de sistema político. A população vai dizer como quer que sua vontade
seja representada no futuro e esse é um ganho para a história nacional”, disse. (Ag. BR )
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