A Caixa Econômica Federal começará a creditar a segunda
parcela do auxílio emergencial de R$ 600 a partir da próxima segunda-feira
(18), informou hoje (14) o presidente do banco estatal, Pedro Guimarães,
durante a live semanal do presidente Jair Bolsonaro. O calendário de pagamento
será detalhado em coletiva de imprensa amanhã (15), às 15 horas, no Palácio do
Planalto.
"Nós começamos na segunda-feira. Amanhã, às 15h da
tarde, eu e o ministro Onyx [Lorenzoni, da Cidadania] vamos dar todos os
detalhes. Mas nós começamos na segunda e faremos toda a questão via mês de
nascimento, exatamente para que nós tenhamos uma tranquilidade maior no
pagamento. Amanhã a gente detalha", antecipou Guimarães.
Ao todo, cerca de 50 milhões de pessoas estão inscritas no
programa, criado para garantir uma renda básica emergencial durante três meses,
para o enfrentamento dos efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. O
benefício é pago para trabalhadores informais e pessoas de baixa renda,
inscritos do cadastro social do governo e no Bolsa Família.
Contas digitais
Ainda segundo o presidente da Caixa, o banco vai oferecer,
de graça, uma conta digital para todos os beneficiários do auxílio emergencial.
Até então, o banco só havia aberto contas digitais para pessoas cadastradas que
não tinham conta bancária informada. "É o maior programa de inclusão
digital do Brasil, que tem notícia, de todos os tempos, e numa velocidade muito
grande", enfatizou Guimarães.
Auxílio irregular
Durante a live, o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre o
pagamento irregular do auxílio emergencial a militares. As irregularidades
foram detectadas após o ministérios da Defesa e da Cidadania realizarem um
cruzamento de dados e identificarem que 73,2 mil militares ativos, inativos,
temporários, pensionistas e anistiados receberam a ajuda do governo.
"O que aconteceu com muitos recrutas, não sei precisar
o número aqui. Como ano passado eles não declararam renda, e ficava difícil
passar no filtro, eles se inscreveram como beneficiários e receberam os R$ 600,
só que foram plotados, foram descobertos e, no nosso meio, quando alguém faz
algo errado, o bicho pega. Então, vão devolver essa grana e vão sofrer, com
toda certeza, uma punição disciplinar", afirmou.
Uma decisão do Tribunal de Contas de União (TCU) também
obrigou os militares acusados de receber irregularmente o auxílio emergencial a
devolverem os valores aos cofres públicos.
Edição: Bruna Saniele
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