O empresário Robson Santos,
proprietário da empresa Talimaq Geradores de São João da Barra falou, nesta terça-feira, 09/06, ao site
VNOTÍCIA e à Rádio São Francisco FM, sobre a operação SCEPTICUS da Polícia
Federal que cumpriu mandado de busca e apreensão em São João da Barra, no
escritório da empresa TALIMAQ da qual ele é o proprietário.
É que a Polícia Federal, em
ação conjunta com o MPF e CGU, com esta operação objetiva apurar fraudes em licitações no Fundo Municipal de
Saúde do Município de Carapebus/RJ. A Talimaq de São João da Barra foi a empresa vencedora da licitação para construção do hospital de Campanha naquela cidade.
A ação mobilizou 80 policiais
federais, além de servidores do MPF e CGU e visa cumprir 25 mandados de busca e
apreensão na Prefeitura Municipal de Carapebus, na Secretaria Municipal de
Saúde e Fundo Municipal de Saúde, além de endereços de empresas e pessoas
físicas situados nas cidades de Carapebus, Duas Barras, Campos dos Goytacazes,
São João da Barra, Itaperuna, Macaé, Armação de Búzios e Vitória/ES, todos
expedidos pela Vara Federal da Subseção Judiciária de Macaé.
Segundo o empresário Robson
Santos (Robinho Talimaq como é conhecido em SJB), ele está tranquilo, apesar de ter ouvido de um policial federal que as investigações da construção dos Hospitais de Campanha pelo Brasil é só o começo.
“Praticamente, todos os
hospitais de campanha serão investigados”, ouviu Robinho.
Em seguida ele argumenta que
está tranquilo porque participou de uma licitação apresentando um preço abaixo do
mercado para construção do Hospital de Campanha de Carapebus.
“Nosso preço, foi o menor
preço, eu ganhei a licitação, cumpri as exigências e mesmo assim estamos sendo
investigados. O menor preço das propostas foi da Talimaq, está abaixo do valor
de mercado, abaixo 42 por cento, para construção do hospital e, mesmo assim,
nossa pequena empresa foi passada pela investigação da Polícia Federal”, disse.
Robinho disse que os policiais
federais vieram fazer busca de documentos, inclusive contratos da licitação.
“A única coisa que não gostei
foi que eles levaram um porcentual financeiro da empresa que vai desfalcar o pagamento
do meu pessoal, uma espécie de reserva. Agora, não sei como vou fazer”, disse.
Mas Robinho Talimaq diz que
está tudo bem e que já está valendo ter votado no Bolsonaro.
“Se isso aí partiu do governo
federal, estou muito feliz, sinceramente muito feliz”, revelou.
“Não considerei um
constrangimento a ação da PF, mas é uma situação que a gente não espera. Eles foram
ao meu escritório. Fui até eles, me identifiquei como dono da empresa e fizeram
todo o trâmite que tiveram que fazer. Não teve abuso de autoridade e foram tecnicamente
profissionais. É aquele detalhe, quem deve a justiça tem que temer. No meu caso
estou tranquilo e vou falar mais: acho que minha empresa sai muito mais
fortalecida, neste trâmite todo. Graças a Deus, eu vejo por este lado. Não teve
nenhuma questão de abuso de poder. Os caras foram profissionais. Toda
documentação que eles pediram foi fornecida referente ao hospital de Convid que
nossa empresa foi ganhadora. Então, não temos nada a temer. Que venha a Federal
a Civil cumprirem o que a Lei manda. Eu me orgulho cada vez mais, de ter votado
em Bolsonaro e vamos em frente. É isso mesmo, tem que ser investigado. Forte abraço
a todos”, concluiu.
A apuração conjunta realizada
pelos órgãos de investigação criminal e de fiscalização e controle identificou
indícios de fraude em dispensas de licitação realizadas para aquisição de
medicamentos, equipamentos de proteção individual (EPIs), testes rápidos para
detecção do COVID-19, locação de equipamentos e insumos hospitalares e
contratação de empresa para montagem de hospital de campanha.
Dentre os indícios de fraudes
verificados estão: a escolha de empresas antes mesmo da instauração de processos
de licitação; empresas com sede em endereços residenciais, sem empregados e
bens; contratação de fornecedor que possui vínculo familiar com servidor lotado
na Secretaria de Saúde.
A soma de recursos públicos
envolvidos nas dispensas de licitação investigadas alcança a cifra de
aproximadamente R$ 4,7 milhões.
A palavra de origem latina
scepticus significa ceticismo, que traduz a falta de crença nas ações
empreendidas pelos agentes públicos e empresários investigados no combate ao
COVID-19.
Da redação com informações da assessoria
de Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
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