terça-feira, 9 de junho de 2020

Empresário que teve busca e apreensão em sua empresa em SJB fala sobre o caso ao VNOTÍCIA

O empresário Robson Santos, proprietário da empresa Talimaq Geradores de São João da Barra falou, nesta terça-feira, 09/06, ao site VNOTÍCIA e à Rádio São Francisco FM, sobre a operação SCEPTICUS da Polícia Federal que cumpriu mandado de busca e apreensão em São João da Barra, no escritório da empresa TALIMAQ da qual ele é o proprietário.


É que a Polícia Federal, em ação conjunta com o MPF e CGU, com esta operação objetiva apurar fraudes em licitações no Fundo Municipal de Saúde do Município de Carapebus/RJ. A Talimaq de São João da Barra foi a empresa vencedora da licitação para construção do hospital de Campanha naquela cidade.


A ação mobilizou 80 policiais federais, além de servidores do MPF e CGU e visa cumprir 25 mandados de busca e apreensão na Prefeitura Municipal de Carapebus, na Secretaria Municipal de Saúde e Fundo Municipal de Saúde, além de endereços de empresas e pessoas físicas situados nas cidades de Carapebus, Duas Barras, Campos dos Goytacazes, São João da Barra, Itaperuna, Macaé, Armação de Búzios e Vitória/ES, todos expedidos pela Vara Federal da Subseção Judiciária de Macaé.


Segundo o empresário Robson Santos (Robinho Talimaq como é conhecido em SJB), ele está tranquilo, apesar de ter ouvido de um policial federal que as investigações da construção dos  Hospitais de Campanha pelo Brasil é só o começo.

“Praticamente, todos os hospitais de campanha serão investigados”, ouviu Robinho.

Em seguida ele argumenta que está tranquilo porque participou de uma licitação apresentando um preço abaixo do mercado para construção do Hospital de Campanha de Carapebus.

“Nosso preço, foi o menor preço, eu ganhei a licitação, cumpri as exigências e mesmo assim estamos sendo investigados. O menor preço das propostas foi da Talimaq, está abaixo do valor de mercado, abaixo 42 por cento, para construção do hospital e, mesmo assim, nossa pequena empresa foi passada pela investigação da Polícia Federal”, disse.

Robinho disse que os policiais federais vieram fazer busca de documentos, inclusive contratos da licitação.

“A única coisa que não gostei foi que eles levaram um porcentual financeiro da empresa que vai desfalcar o pagamento do meu pessoal, uma espécie de reserva. Agora, não sei como vou fazer”, disse.

Mas Robinho Talimaq diz que está tudo bem e que já está valendo ter votado no Bolsonaro.

“Se isso aí partiu do governo federal, estou muito feliz, sinceramente muito feliz”, revelou.

“Não considerei um constrangimento a ação da PF, mas é uma situação que a gente não espera. Eles foram ao meu escritório. Fui até eles, me identifiquei como dono da empresa e fizeram todo o trâmite que tiveram que fazer. Não teve abuso de autoridade e foram tecnicamente profissionais. É aquele detalhe, quem deve a justiça tem que temer. No meu caso estou tranquilo e vou falar mais: acho que minha empresa sai muito mais fortalecida, neste trâmite todo. Graças a Deus, eu vejo por este lado. Não teve nenhuma questão de abuso de poder. Os caras foram profissionais. Toda documentação que eles pediram foi fornecida referente ao hospital de Convid que nossa empresa foi ganhadora. Então, não temos nada a temer. Que venha a Federal a Civil cumprirem o que a Lei manda. Eu me orgulho cada vez mais, de ter votado em Bolsonaro e vamos em frente. É isso mesmo, tem que ser investigado. Forte abraço a todos”, concluiu.

A apuração conjunta realizada pelos órgãos de investigação criminal e de fiscalização e controle identificou indícios de fraude em dispensas de licitação realizadas para aquisição de medicamentos, equipamentos de proteção individual (EPIs), testes rápidos para detecção do COVID-19, locação de equipamentos e insumos hospitalares e contratação de empresa para montagem de hospital de campanha.



Dentre os indícios de fraudes verificados estão: a escolha de empresas antes mesmo da instauração de processos de licitação; empresas com sede em endereços residenciais, sem empregados e bens; contratação de fornecedor que possui vínculo familiar com servidor lotado na Secretaria de Saúde.



A soma de recursos públicos envolvidos nas dispensas de licitação investigadas alcança a cifra de aproximadamente R$ 4,7 milhões.



A palavra de origem latina scepticus significa ceticismo, que traduz a falta de crença nas ações empreendidas pelos agentes públicos e empresários investigados no combate ao COVID-19.

Da redação com informações da assessoria de Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro.





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