quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Emtransfi vai intensificar operação de repressão ao transporte clandestino de vans em SFI.
O diretor presidente da EMTRANSFI - Empresa Municipal de Transito de São Francisco de Itabapoana-RJ, CEL. José Amilton Barreto da Silva, disse ontem que a partir de segunda-feira, 22-10, a Emtransf vai intensificar as operações de repressão ao transporte clandestino nas linhas concedidas à Viação São Francisco (Rogil) em São Francisco de Itabapoana. “A operação, vai contar com apoio da Policia Militar mas, em contrapartida vamos exigir que a empresa São Francisco (Rogil) cumpra o que reza no contrato de concessão das seis linhas a ela destinada para atuar em São Francisco de Itabapoana”, enfatizou Coronel Amilton. Dezenas de ouvintes tem ligado para a Rádio São Francisco FM e para a Emtransfi reclamando da retirada dos ônibus, pela empresa Rogil, da rota que vai para as localidades, cujas estradas não estão asfaltadas. Segundo o proprietário da empresa, Gilson Menezes a empresa está tendo prejuízo com as lotadas. “Não dá para trabalhar com esta concorrência desleal”, disse Gilsom. No próximo sábado, dia 20 de outubro, o empresário Gilson Menezes aceitou convite da Rádio São Francisco FM para participar do programa Tribuna Livre de 8 às 10 horas quando na oportunidade vai debater com autoridades da área a questão do transporte coletivo em nosso município. “Vou informar o motivo pelo qual os ônibus da Rogil não estão circulando na rota estabelecida pela concessão dada pela Prefeitura Municipal” concluiu Gilson Menezes. Já o presidente da Emtransf Coronel Amilton também foi convidado para o debate no Tribuna Livre. Entretanto, ficou de confirmar sua presença.
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Um comentário:
O caos no transporte coletivo em SFI é um dos maiores exemplos do completo descompromisso do poder público (executivo e legislativo) com a qualidade de vida da população. Santa Clara, Sossego e Gargaú simplesmente não são atendidos por ônibus circulares. Existem somente vans. A grande maioria delas é sucateada, suja, dirigidas por pessoas sem educação e sem a devida habilitação. Há exceções, mas são muito poucas. Somos atendidos por uma clandestinidade oficializada pela inércia da administração pública. Ditam os preços, ditam as rotas, ditam os horários de acordo com o interesse particular deles. A prefeitura não se manifesta. A câmara não reage efetivamente. O município é pobre, mas os preços das "passagens" das vans são os mais caros da região. Não tenho nada contra o transporte alternativo. Mas é necessário que haja realmente alternativas, escolhas, e isso não há. Existe a exploração de um monopólio sobre uma população carente de representantes reais. O transporte coletivo é peça fundamental em qualquer cidade civilizada. Somente administradores que sabem o valor de um serviço público de qualidade têm força de vontade e competência o suficiente para implementar uma política de transportes que atenda às reais necessidades da população e de quem nos visita. Não teremos desenvolvimento enquanto não se atentarem para a necessidade de prover o município com os serviços públicos básicos para promover a qualidade de vida da população. O serviço público é o patrimônio de quem não tem patrimônio. A melhor maneira de se promover a inclusão social é permitindo que todos possam ter acesso a serviços públicos de qualidade, o que inclui, além do transporte público, os serviços de saúde, educação, etc. Acredito que esse deve ser um debate permanente. Identificar os problemas e buscar as soluções para uma melhoria real no transporte público é o começo para que possamos caminhar na direção do desenvolvimento tão falado, mas tão pouco trabalhado em SFI. Parabéns ao blog a Rádio por colocar em pauta tema tão importante.
Um abraço, Alan Jones.
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