quarta-feira, 12 de março de 2008

O Dia. Mocaiber culpa a agenda eleitoral

Informe do Dia: Mocaiber culpa a agenda eleitoral
Jan Theophilo
Rio - Em entrevista exclusiva à coluna, o prefeito afastado de Campos, Alexandre Mocaiber, nega envolvimento no escândalo que teria desviado R$ 240 milhões dos cofres da cidade. “Fui pego de supetão”, lamentou ele de casa, enquanto se reunia com seus advogados.
1. O senhor foi afastado sob a suspeita de participar de uma fraude milionária. O que há de verdade nisso?
— Contra mim são apenas três acusações. A primeira que teria contratado 1.500 pessoas para o programa Saúde da Família. Essas contratações foram autorizadas pelo TJ que nos deu prazo até outubro do ano que vem para fazermos um concurso. Além disso eu estaria patrocinando o programa de rádio de Neinha Freitas, ex-amiga dos Garotinho e teria dado dinheiro ao ex-deputado Claudecir das Ambulâncias. Não existem esses pagamentos. O Claudecir, por exemplo, foi candidato a vice-prefeito na chapa do deputado Geraldo Pudim, meu adversário.

2. Uma das acusações é de contratações irregulares. Campos teria hoje mais de 40 mil funcionários. Não é muita gente, prefeito?
— A prefeitura é grande e quando tomei passe, boa parte deles já estava aqui. Procurei regularizar todos e hoje não há nenhum sem carteira assinada. Aos poucos estávamos realizando concursos públicos.
3. E quanto às acusações de superfaturamento em shows?
— Não existe nada de verdade. Pagamos os mesmos valores que as prefeituras vizinhas. O MP acompanhou todos os processos e nunca questionou nada.
4. Se não existem irregularidades porque o senhor foi afastado do cargo?
— Questões do calendário eleitoral. A cada dia, a base dos Garotinho se esvaziava mais em Campos. Ele estava restrito a dois vereadores e o vice-prefeito, que há tempos cobiça a minha vaga. As conclusões são óbvias. Mas estou tranquilo. Boa parte disso aí não me diz respeito.
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