Foto Antônio Cruz
Brasília - Zé do Pífano aprendeu a tocar sozinho e hoje ensina alunos da Universidade de Brasília (UnB) Brasília
Em três anos, todas as escolas brasileiras terão de incluir, no currículo da educação básica, o ensino de música. A determinação consta na Lei 11.769, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União no dia 18 de agosto. O período de três anos servirá para que os sistemas de ensino se adaptem às exigências estabelecidas.O presidente da Associação Brasileira de Educação Musical (Abem), Sérgio Luiz de Figueiredo, afirma que as exigências para implantação da nova disciplina ainda não estão bem definidas, mas acredita que também cabe à sociedade discutir e aperfeiçoar as medidas que deverão ser empregadas. Figueiredo esteve em Brasília para participar do 1º Simpósio sobre o Ensino e a Aprendizagem da Música Popular, realizado na Universidade de Brasília (UnB). Segundo ele, os benefícios da música podem ser analisados de diferentes ângulos.“De uma forma geral, a música faz parte das manifestações culturais. Contribui para a formação humanística, para que as pessoas participem da interação social e compreendam as manifestações sociais. Também há os benefícios cognitivos, melhorando o desempenho em outras áreas do conhecimento, além de todos os benefícios sociais." "A música tem entrado como componente muito forte no resgate do cidadão e no desenvolvimento da auto-estima por instituições que trabalham com crianças carentes e pessoas em situação de risco”, disse o presidente da Abem em entrevista à Agência Brasil.José do Pífano aprendeu a tocar o instrumento que hoje faz parte de seu nome, uma espécie de flauta rústica feita de bambu, sem auxílio de professores, quando ainda era criança, em São José do Egito, no estado de Pernambuco. Hoje, ele ensina sua arte aos alunos do curso de música da Universidade de Brasília (UnB) e considera importante o ensino nas escolas.“Com uns 10 anos de idade eu mesmo fiz um pífano pequenininho de talo de jerimum, que aqui chama abóbora, e fui desenvolvendo. Nunca fiz aula, mas gostaria de ter tido, porque isso é muito bonito. Música é alegria, é vida, e acaba sendo cultura para os alunos que se sentem incentivados a aprender”, defendeu.Figueiredo afirmou que, a partir de agora, iniciam-se as discussões de como inserir a música no ensino básico de uma forma efetiva e considerando as diversidades de cada região. Segundo ele, é preciso investir na formação de professores.Segundo o presidente da Abem, não há dados precisos sobre a quantidade de profissionais com licenciatura em música. Ele acredita que existam cerca de 50 cursos de graduação espalhados pelo Brasil e apenas dois cursos de ensino à distância na área: um da UnB e outro da Universidade Federal do Rio Grande Sul (UFRGS). A expansão de cursos de licenciatura em música pode contribuir para aumentar o número de profissionais e colaborar na aplicação da nova lei, argumentou Figueiredo
Um comentário:
Aproveitando queria fazer uma pergunta se possivel,aos especialistas responsável pela escola estadual de S.F. de Itabapoana, o que eles dizem a respeito do ensino médio não ter aula de quimica por falta de professor, portugues somente agora em agosto .
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