No caso de São Francisco de Itabapoana, a estimativa é a de que a existência da Estação Ecológica de Guaxindiba resulte num repasse adicional de R$ 16 mil a partir do ano que vem e de R$ 45 mil a partir de 2011.
A Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba (EEEG), administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF/RJ), vai ganhar sede própria, com alojamentos para guarda-parques e pesquisadores e uma torre de observação para monitoramento de incêndios florestais. A informação é do presidente do IEF/RJ, André Ilha, que espera somente a aprovação, pela Câmara Municipal de São Francisco de Itabapoana, de autorização legislativa para a doação de um terreno da prefeitura situado dentro dos limites da estação.
O Termo de Compromisso entre a prefeitura e o IEF/RJ foi firmado no dia 3 de setembro e prevê a doação pelo município de um terreno de 1,8 mil metros quadrados na localidade de Cobiça, no interior da unidade. Em julho, o presidente do IEF/RJ enviou ofício ao prefeito Pedro Cherene, manifestando a disposição do órgão em construir a sede, desde que houvesse a possibilidade da doação. De acordo com o presidente, já existem recursos disponíveis, através de medidas compensatórias de empreendimentos de significativo impacto ambiental.
Torre de observação
Com 3.260 hectares, a Estação Ecológica sofre com os incêndios florestais em período de estiagem, causados, entre outros motivos, pelas queimadas para colheita de cana nas fazendas no entorno da unidade. Para prevenir estas ocorrências, além de notificações preventivas para os proprietários rurais e usineiros, o IEF/RJ planeja construir uma torre de observação para monitorar a área. O trabalho será feito pelos guarda-parques – bombeiros especialmente treinados para atuar na fiscalização de infrações ambientais na unidade.
O Serviço de Guarda-Parques foi criado em dezembro de 2007 pelo governador Sérgio Cabral, a partir de um projeto inédito desenvolvido pela Secretaria do Ambiente e IEF/RJ. Ao contrário de outros estados, que optaram por criar um quadro próprio, o Estado do Rio decidiu pela criação do serviço dentro da estrutura do Corpo de Bombeiros. Os guarda-parques receberão um treinamento adicional específico para a área de meio ambiente, que inclui desde a legislação ambiental até relações públicas.
ICMS verde para prefeituras comprometidas
O presidente do IEF/RJ ressaltou que as unidades de conservação trazem um reforço de caixa para os municípios, através do ICMS Verde. No caso de São Francisco de Itabapoana, a estimativa é a de que a existência da Estação Ecológica de Guaxindiba resulte num repasse adicional de R$ 16 mil a partir do ano que vem e de R$ 45 mil a partir de 2011. A Estação Ecológica está incluída na categoria de unidades de conservação de proteção integral – ou seja, não prevê a existência de moradias ou visitantes, a não ser com finalidade de educação ambiental ou pesquisa científica. A futura sede da unidade vai contar com alojamentos para pesquisadores, que terão mais condições de desenvolver trabalhos sobre a fauna e a flora da estação.
Sede facilitará trabalho de pesquisadores
O professor Marcelo Trindade Nascimento, da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), que desenvolve pesquisas na estação através projeto Ri o Rural/GEF, em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, destaca que existe uma real necessidade de se implantar imediatamente a unidade. “A construção da sede com alojamentos para pesquisadores facilitará e estimulará um número maior de pesquisas. Outro ponto importante e fundamental é a criação de um grupo de fiscalização permanente, visto os constantes problemas de corte ilegal de madeira e caça que ocorrem nesta UC. Estas iniciativas, sem dúvida, são urgentes e fundamentais”, afirmou o pesquisador.
A pesquisa da Uenf vem mostrando importância da estação ecológica como área remanescente da espécie arbórea peroba do campo (Paratecoma peroba), originalmente conhecida por peroba de Campos e em processo de extinção regional; de várias espécies de abelhas, aves e macacos; e do diplópodo (espécie de gongolo) Rhinocricus padbergii Verhauss, 1938, endêmico da Mata do Carvão (outra denominação da área onde está localizada a estação) e ameaçado de extinção.
Contratação de pessoal para garantir segurança à unidade de preservação
Criada em 2002, na gestão anterior de André Ilha no IEF/RJ, a Estação Ecológica terá também aumento de pessoal. Os concursos públicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) - que vai unir Feema, Serla e IEF - e do Corpo de Bombeiros, realizados este ano, vão permitir o ingresso de um técnico de nível superior e de 11 guarda-parques a partir de 2009. O reforço no quadro tem o objetivo de assegurar a preservação da única unidade de conservação, estadual ou federal, a proteger uma amostra da floresta estacional semidecidual, também conhecida como “Mata de Tabuleiro”, única do todo o território fluminense. “Trata-se da última mancha de floresta no Nordeste Fluminense a escapar da fúria das carvoarias e da conversão de terras para plantio de cana-de-açúcar e criação de gado. Por isso, faremos todos os esforços não apenas para preservar a mata remanescente como, ainda, recuperaremos os cerca de 600 hectares degradados em seu interior” afirmou André Ilha. (Fonte: jornal O Diário de 19-10-08)
O Serviço de Guarda-Parques foi criado em dezembro de 2007 pelo governador Sérgio Cabral, a partir de um projeto inédito desenvolvido pela Secretaria do Ambiente e IEF/RJ. Ao contrário de outros estados, que optaram por criar um quadro próprio, o Estado do Rio decidiu pela criação do serviço dentro da estrutura do Corpo de Bombeiros. Os guarda-parques receberão um treinamento adicional específico para a área de meio ambiente, que inclui desde a legislação ambiental até relações públicas.
ICMS verde para prefeituras comprometidas
O presidente do IEF/RJ ressaltou que as unidades de conservação trazem um reforço de caixa para os municípios, através do ICMS Verde. No caso de São Francisco de Itabapoana, a estimativa é a de que a existência da Estação Ecológica de Guaxindiba resulte num repasse adicional de R$ 16 mil a partir do ano que vem e de R$ 45 mil a partir de 2011. A Estação Ecológica está incluída na categoria de unidades de conservação de proteção integral – ou seja, não prevê a existência de moradias ou visitantes, a não ser com finalidade de educação ambiental ou pesquisa científica. A futura sede da unidade vai contar com alojamentos para pesquisadores, que terão mais condições de desenvolver trabalhos sobre a fauna e a flora da estação.
Sede facilitará trabalho de pesquisadores
O professor Marcelo Trindade Nascimento, da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), que desenvolve pesquisas na estação através projeto Ri o Rural/GEF, em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, destaca que existe uma real necessidade de se implantar imediatamente a unidade. “A construção da sede com alojamentos para pesquisadores facilitará e estimulará um número maior de pesquisas. Outro ponto importante e fundamental é a criação de um grupo de fiscalização permanente, visto os constantes problemas de corte ilegal de madeira e caça que ocorrem nesta UC. Estas iniciativas, sem dúvida, são urgentes e fundamentais”, afirmou o pesquisador.
A pesquisa da Uenf vem mostrando importância da estação ecológica como área remanescente da espécie arbórea peroba do campo (Paratecoma peroba), originalmente conhecida por peroba de Campos e em processo de extinção regional; de várias espécies de abelhas, aves e macacos; e do diplópodo (espécie de gongolo) Rhinocricus padbergii Verhauss, 1938, endêmico da Mata do Carvão (outra denominação da área onde está localizada a estação) e ameaçado de extinção.
Contratação de pessoal para garantir segurança à unidade de preservação
Criada em 2002, na gestão anterior de André Ilha no IEF/RJ, a Estação Ecológica terá também aumento de pessoal. Os concursos públicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) - que vai unir Feema, Serla e IEF - e do Corpo de Bombeiros, realizados este ano, vão permitir o ingresso de um técnico de nível superior e de 11 guarda-parques a partir de 2009. O reforço no quadro tem o objetivo de assegurar a preservação da única unidade de conservação, estadual ou federal, a proteger uma amostra da floresta estacional semidecidual, também conhecida como “Mata de Tabuleiro”, única do todo o território fluminense. “Trata-se da última mancha de floresta no Nordeste Fluminense a escapar da fúria das carvoarias e da conversão de terras para plantio de cana-de-açúcar e criação de gado. Por isso, faremos todos os esforços não apenas para preservar a mata remanescente como, ainda, recuperaremos os cerca de 600 hectares degradados em seu interior” afirmou André Ilha. (Fonte: jornal O Diário de 19-10-08)
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