Vereadora sai e suplente ainda não tomou posse no Legislativo sanfranciscano

Decisão tira Adriana Coelho e dá vaga a José Pinto de Souza Filho, suplente com 1033 votos pelo PDT

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Fotos: arquivo do Blog.

Sai Adriana entra Pintinho

Da redação do Blog com informações também do jornal O Diário.
O presidente da Câmara Municipal de São Francisco do Itabapoana, Florentino Cerqueira, o Tininho, ainda não deu posse ao substituto da vereadora Adriana Coelho (PDT), que teve o mandato cassado pela Justiça, por irregularidades na campanha eleitoral de 2008. Em entrevista ao jornal O Diário de Campos, Tininho disse que ainda não havia sido notificado da decisão do juiz Leonardo Cajueiro de Azevedo. “Só sei da sentença, através do edital e de veículos de comunicação”, frisou.

Florentino não confirma se dará posse a José Pinto Filho, o Pintinho, que foi anunciado como primeiro suplente que assumiria em substituição à vereadora afastada. “Não tenho como falar nada. Há suposições e dúvidas sobre quem assumiria. A assessoria jurídica da Câmara ainda não tomou conhecimento e somente após saber o teor da sentença é que terei como dar posse ao suplente que assumirá a vaga”, disse.

Ontem, era dia de sessão na Câmara, mas a sessão foi cancelada. “Até mesmo pelo respeito à colega e os outros colegas diante, desta indefinição, decidimos não realizar a sessão”, disse Florentino. O presidente da Câmara admitiu que tão logo tenha as informações necessárias anunciará a posse do suplente, provavelmente na próxima sessão do Legislativo.

Ontem, em entrevista à Rádio São Francisco FM, Adriana Coelho disse que recorrerá da decisão judicial que lhe tirou o mandato. “Respeito à decisão judicial, mas vou recorrer porque não cometi nada de errado, fiz corretamente a prestação de contas de minha campanha, segundo o que determina a lei. Se a Justiça achar que devo continuar como vereadora, que assim seja. Se não conseguir reverter a situação, volto à minha atividade profissional como professora, que é o que gosto de fazer. Eu entrego tudo nas mãos de Deus, é ele quem sabe de todas as coisas”, resignou-se.

O processo que deu origem à cassação de Adriana, na última quarta-feira, foi movido pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) que denunciou abuso do poder econômico e capitação ilícita de sufrágio (compra de votos) na distribuição de gasolina durante o período eleitoral.

Na sentença, o juiz Leonardo Cajueiro, da 120ª Zona Eleitoral, julgou procedente o pedido do MPE e, além da cassação, tornou Adriana inelegível por três anos, a contar da última eleição, e estipulou o pagamento de multa no valor de 15 mil Ufirs, cerca R$ de 15 mil.

No mesmo processo, são réus o ex-vereador Fauazi Ribeiro Cherene e o técnico em informática Luciano Pessanha da Mata. Na sentença, Luciano ficou inelegível por três anos. Fauazi, além da inelegibilidade, foi condenado a pagar multa.