quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Congos com o coração na avenida


Com o coração na avenida. O termo, muito utilizado para deixar ainda mais explicita a dedicação dos componentes por sua escola de samba durante um desfile, será seguido à risca pela escola sanjoanense Congos. Com o enredo No fogo da paixão pulsa forte o coração! É máquina, é vida... É Congos na Avenida, a agremiação irá exaltar, durante os dois dias de apresentação, domingo, as 22h, e terça-feira, à meia noite, o órgão do corpo humano que é relacionado, principalmente, ao amor. Em cinco carros alegóricos, a comissão de carnaval, composta por Geraldo Lopes, Fernando Antônio Lobato e Thiago Araújo, pretende fazer um desfile mostrando o coração desde a questão mitológica até sua inevitável relação sentimental, contextualizada no amor de uma forma geral e, em particular, na paixão de parte da população de São João da Barra pela escola. A importância do coração como máquina do corpo humano também merecerá destaque nas alegorias. — O grande diferencial desse carnaval do Congos serão os carros alegóricos. Estamos valorizando mais a estrutura do carro e priorizando menos as esculturas. É uma coisa trabalhosa, pois é bem mais fácil trazer mais esculturas. Mas é uma inovação dentro do carnaval sanjoanense e que enriquecerá ainda mais o nosso desfile — afirma Geraldo Lopes. Inspirado na escola de samba paulistana Mocidade Alegre, que destacou o coração no carnaval de 2009, o enredo foi idealizado ainda no primeiro semestre do ano passado. Os trabalhos no barracão envolvem em torno de 40 pessoas. São escultores, carpinteiros, bordadeiras, pintores, costureiras aderecistas e ferraleiros trabalhando em três turnos a exatos seis meses. Com 78 anos de existência, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Congos pretende levar para a avenida cerca de 600 componentes. A bateria, comandada pelo mestre José Luiz, virá com 100 ritmistas e tendo a frente a madrinha Carina Meirelles. Outra novidade será em relação ao mestre sala e porta-bandeira. Esse ano a escola optou por colocar apenas um casal na avenida, Elder Amaral e Marlúcia Amaral. Com o trabalho já praticamente concluindo no barracão, expectativa de diretores, componentes e de toda a comunidade vermelha preta de São João da Barra fica por conta do momento de pisar na avenida, como bem diz um trecho do samba: “Já estou sentindo o palpitar dentro do peito. E não tem jeito, o coração vai disparar”. Maurício Barreto. (Secom)

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