Flores e velas em homenagens aos que já partiram.
Apesar da chuva, milhares de pessoas visitaram na manhã desta Dia de Finados, 2-11, os cemitérios de São Francisco de Itabapoana. Em São João da Barra a Rua em frente ao cemitério foi interditada e se transformou numa feira de vendas de flores. No interior do cemitério crianças ofereciam lata com água ao preço de R$1 real. O movimento foi mais intenso a partir das 10 horas.
Apesar da chuva, milhares de pessoas visitaram na manhã desta Dia de Finados, 2-11, os cemitérios de São Francisco de Itabapoana. Em São João da Barra a Rua em frente ao cemitério foi interditada e se transformou numa feira de vendas de flores. No interior do cemitério crianças ofereciam lata com água ao preço de R$1 real. O movimento foi mais intenso a partir das 10 horas.
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O Dia de Finados tem origem no cristianismo e é celebrado oficialmente pela Igreja Católica desde o século 10. A data marca a assimilação da fé católica pelos brasileiros, uma das matrizes da cultura nacional. “É uma especificidade da liturgia católica, que tem a crença da ressurreição”, explica a antropóloga Lara Amorim, professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). “O hinduísmo e o budismo, por exemplo, sempre fazem culto aos antepassados, mas não há uma data específica como Finados para isso”, lembra.
Segundo ela, todas as religiões têm ritos fúnebres para o fim da vida. “Não é necessariamente um culto, mas um ritual que dá significado a alguma coisa diferente do cotidiano. A morte é um momento de quebra e os ritos dão significado a isso." A visão de ruptura varia com a “cosmologia” de cada cultura, diz ao se referir às diferentes percepções que fundamentam as explicações sobre a vida. “Essas ideias de purgatório e paraíso, por exemplo, não existem para a umbanda e o candomblé."
Lara Amorim ainda assinala as diferenças entre o catolicismo e a cultura indígena. “Para os índios, quem morre não vai para o céu. As sociedades tribais acreditam que o espírito continua existindo, e está na natureza”, lembra a antropóloga. Segundo ela, as pessoas que morreram são vistas nos sonhos pelos indígenas e, como não existe naquelas culturas a separação entre consciente e inconsciente, há um sentimento da permanência dos espíritos entre eles.
Segundo ela, todas as religiões têm ritos fúnebres para o fim da vida. “Não é necessariamente um culto, mas um ritual que dá significado a alguma coisa diferente do cotidiano. A morte é um momento de quebra e os ritos dão significado a isso." A visão de ruptura varia com a “cosmologia” de cada cultura, diz ao se referir às diferentes percepções que fundamentam as explicações sobre a vida. “Essas ideias de purgatório e paraíso, por exemplo, não existem para a umbanda e o candomblé."
Lara Amorim ainda assinala as diferenças entre o catolicismo e a cultura indígena. “Para os índios, quem morre não vai para o céu. As sociedades tribais acreditam que o espírito continua existindo, e está na natureza”, lembra a antropóloga. Segundo ela, as pessoas que morreram são vistas nos sonhos pelos indígenas e, como não existe naquelas culturas a separação entre consciente e inconsciente, há um sentimento da permanência dos espíritos entre eles.
Um comentário:
Triste foi presenciar a frente do cemitério de São Francisco com barracas,mesas distribuídas ao redor e pessoas tomando cerveja...pura diversão!Aí, só faltou o trio elétrico...Fala sério, perderam totalmente a noção...
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