Em greve nacional desde ontem, terça-feira, 07, os policiais
federais dos 26 estados do País e do Distrito Federal pedem por reestruturação
da carreira e reajuste do piso salarial da categoria. O País conta com
aproximadamente 9 mil agentes federais, entre policiais, escrivães e
papiloscopistas. A categoria deve suspender o trabalho de 70% de todo o
efetivo, o que pode causar a adesão de 5 e 6 mil trabalhadores.
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais,
Marcos Wink explica que as reivindicações vão além de reajuste salarial. Para
ele, desde 1996 - quando a categoria passou a exercer cargos de nível superior
- a legislação que trata das atribuições dos policiais federais de todo o País
não sofreu correções em relação ao desempenho do cargo de nível médio. "É
preciso que o papel reconheça aquilo que é feito no dia a dia e que não está
lá", diz.
Na pauta de protesto há o pedido da reestruturação da
carreira. Wink afirma que um policial federal com 15 anos de carreira já
alcança o topo da função e não há motivações para a permanência na academia.
"Não houve até hoje reajuste legal nas nossas atribuições", argumenta
o presidente da federação.
Cada um dos estados deve avaliar a relevância de seus
serviços e determinar quais não podem ser interrompidos. Não serão
interrompidas as emissões de passaportes de emergência, investigações
importantes, a segurança de testemunhas assim como a custódia de presos.
"Todo o serviço vai sofrer restrições, mas haverão exceções porque o nosso
objetivo não é parar tudo e sim conseguir conversar e negociar a situação
atual", diz Wink.
O governo federal ainda não se manifestou sobre a greve
nacional. Wink afirma que nenhuma reunião de negociação está agendada e que a
categoria aguarda a solução do problema.
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