Desta forma, o cidadão poderá verificar se o seu estado ou
município está cumprindo a aplicação mínima de recursos na saúde. A medida
também vai facilitar o monitoramento do Ministério da Saúde e órgãos de
controle incentivando a transparência, uma vez que o SIOPS é um sistema aberto
à população. Diferente de como era antes, a declaração agora passa a ser
obrigatória, bimestral e acumulativa. Isso significa que,a partir do dia
primeiro de março deste ano, os gestores locais terão que declarar todos os
gastos em saúde referentes a janeiro e fevereiro de 2013.
Para a coordenadora-geral de Economia da Saúde do Ministério
da Saúde, Fabiola Vieira, a medida vai melhorar o acesso e a qualidade dos
serviços no Sistema Único de Saúde.
"A lei cria uma série de mecanismos para garantir que o
gestor de fato aloque esses recursos na área da saúde. Valorizar essa ideia
porque quanto mais visibilidade e transparência a gente tem em relação ao gasto
público é melhor para todos, para efetivar o controle social e para que a gente
tenha um efetiva aplicação dos recursos que a constituição determina que sejam
aplicados na área da saúde. Isso é bom para toda a sociedade para que a gente
possa realmente usar esses recursos na garantia de serviços melhores e para que
a gente possa aplicar para melhorar o acesso e a qualidade dos serviços do
Sistema Único de Saúde."
A coordenadora-geral de Economia da Saúde do Ministério da
Saúde, Fabiola Vieira explica o que acontece caso o gestor local não utilize o
valor mínimo estipulado em lei para a área da saúde.
"Se, eventualmente no ano anterior o gestor da saúde
não alocou a quantidade de recursos que a lei determina, que no caso de
municípios é 15 por cento dos recursos próprios, no ano seguinte aquele
município fica sujeito a ter um contingenciamento de sua transferência
constitucional. Que é, por exemplo, Fundo de Participação do Município, ao
invés de ir todo o valor desse fundo para o tesouro da prefeitura, uma parte do
valor correspondente ao débito que ele tem para a área da saúde vai ser
depositada diretamente no Fundo de Saúde. É um garantia de que o dinheiro vá
para a saúde, diz"
A lei determina que os estados destinem 12% de sua receita
em saúde e que os municípios apliquem no mínimo 15%. Para saber se o gestor da
sua cidade está cumprindo a determinação, basta acessar o endereço eletrônico
siops.datasus.gov.br. (Ag do rádio )
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