Mariano Amorim justificou o percentual de 4%, alegando
que o município atravessa um entrave no gasto com pessoal
Em passeata servidores protestam por melhores salários |
O procurador geral do município de São Francisco de
Itabapoana, Mariano Amorim, disse nesta quarta-feira (05), em entrevista ao
Jornal São Francisco é Notícia da Rádio São Francisco FM, que o Executivo
Municipal está aberto ao diálogo com o Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais. O reajuste salarial de 4% desagradou os sindicalizados, que
decidiram em assembleia pela paralisação de 72 horas. O procurador justificou o
percentual, alegando que o município atravessa um entrave no gasto com pessoal.
“A legislação não
permite gastar com pessoal mais de 54 % do que se arrecada. Mas a lei também diz
que o cálculo para gastar com pessoal é feito levando em conta os índices dos últimos
12 meses da folha de pagamento. Como os índices vinham lá em cima, entre 60% e
84% em 2012, nós agora temos que frear os gastos para equilibrar, caindo isso
na conta dos servidores, impossibilitando o Executivo de dar o aumento que os funcionários
merecem. É lamentável”, disse.
Sobre a verba do Fundeb que está em caixa, Dr. Mariano disse
que entre agosto e setembro a administração irá usá-la para pagar os
professores, possivelmente com adiantamento de férias. E afirmou que a não
utilização ainda também esbarra no entrave com gastos com a folha de pagamento.
Apesar das dificuldades apresentadas, o procurador disse
da flexibilidade do Executivo. “Não é uma posição radical. Nós estamos flexíveis
e sensíveis às questões apresentadas, como é o caso do Fundo de Previdência e o
Plano de Cargos e Salários. São coisas que precisam ser resolvidas e que nós vamos
lutar para resolver. Mas neste momento nós não podemos ceder àquilo que vai
gerar uma irresponsabilidade no final”, ponderou.
Outra reivindicação é o cumprimento do Piso do
Magistério. O procurador tomou conhecimento, em conversa com a secretária
municipal de Educação, Kátia Regina, que participou de uma reunião em Brasília,
de que o Estado do Rio de Janeiro não se enquadraria nas possibilidades de o
Governo Federal complementar o salário dos professores. “Nós vamos cumprir, mas
precisamos que o Governo Federal complemente o salário, mas não sabemos se
vamos conseguir isso de imediato. Talvez tenhamos que entrar na Justiça para
tentarmos essa complementação”, prevê Mariano.
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