quinta-feira, 30 de abril de 2009

Descoberto sítio arqueológico São Francisco de Itabapoana

Iphan reconhece sítio arqueológico localizado na praia de Manguinhos litoral de São Franc isco de Itabapoana.


A descoberta de uma grande quantidade de ossada humana, na praia de Manguinhos, no litoral sanfranciscano, depois das últimas ressacas do mar, vem despertando a atenção de técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Esta semana duas arqueólogas do Instituto visitaram o local. Depois de analisar o material encontrado, o acervo foi registrado no órgão sendo reconhecido como sítio arqueológico.
Após análises preliminares, há fortes indícios de que as ossadas podem ser de escravos já que dados históricos indicam que a costa sanfranciscana foi uma região de grande importância no comércio de escravos no período colonial. Segundo a secretária de Educação, Dayse Tavares, assim que as novas ossadas foram encontradas sua secretaria acionou o prefeito Beto Azevedo. “O prefeito assim que soube nos pediu que buscasse o Iphan para que fizesse o estudo do material encontrado”, informou Dayse.
De acordo com a diretora do Departamento de Cultura da prefeitura, Maenilse Gonçalves da Silva, as técnicas do Iphan ficaram surpresas com a quantidade de ossos. “As arqueólogas ficaram impressionadas. Quanto mais retirávamos a areia, mais ossos apareciam. Agora com esse registro em mãos, podemos buscar parcerias com empresas e faculdades para conservar os achados e criar um museu”, informou Maenilse.
Histórico
A primeira ossada encontrada na praia de Manguinhos ocorreu na década de 70. Em 2003, depois de uma forte ressaca, vários outros esqueletos foram descobertos. Na época um outro instituto avaliou o acervo, mas não houve respostas quanto ao material analisado. Agora, segundo a diretora do Departamento de Cultura, está sendo feito um trabalho no sentido de conscientizar a população para não mexer na ossada já que a maior parte do material permanece no local. Para ajudar no trabalho de conservação, a diretora pediu ajuda à guarda municipal para fazer uma ronda no local e evitar que as pessoas mexam no acervo. “Agora vamos demarcar o local e tentar descobrir a origem desses ossos”, informou Maenilse. (Ascom - SFI)

Um comentário:

Jéssica Carvalho disse...

Amigo blogueiro, na verdade esse sitio já era noticiado pelo monitor campista desde o finzinho da década de 90, mas só agora os caras resolveram se aprofundar no assunto. Reflexo da pouca verba, muito trabalho e poucos profissionais no Iphan
Abç
www.sapientias.blogspot.com