O pescador Ronis Gomes da Silva, em
entrevista na manhã desta segunda-feira, 30, à Rádio São Francisco FM, acusou pescadores de
arrasto motorizado de camarões na praia dos Sonhos de danificarem suas redes de
pesca que são lançadas ao mar após a arrebentação. Segundo Ronis, a prática da pesca de camarão neste período do defeso é ilegal.
“Nós trabalhos com rede de espera após a arrebentação. Eles, com rede de arrasto motorizado, acabam nos causando prejuízos quando cortam a rede que embolam no motor chamado de rabeta”, diz.
A pesca da espécie tainha e sarda está liberada.
A pesca da espécie tainha e sarda está liberada.
Segundo o pescador só nesta
segunda-feira, contabilizou um prejuízo de R$ 500,00 valor de uma rede nova que ele lançou
ao mar para a pesca de tainha.
O período do defeso do camarão teve início no dia 1° de
março e se estende até o dia 31 de maio.
Durante este período, fica proibida a pesca de arrasto
motorizado dos camarões branco, rosa, santana, sete barbas, entre outros. O objetivo
desta paralisação temporária de pesca é promover a recuperação do estoque
pesqueiro e evitar a extinção da espécie.
Os órgãos ambientais orientam aos pescadores, comerciantes e
consumidores a respeitarem o defeso, uma vez que é nesse intervalo que ocorre a
reprodução e crescimento dos camarões. Quem for flagrado desrespeitando o
período de defeso poderá ser processado por crime ambiental e estará sujeito a
multa, cujo valor varia de acordo com a quantidade de camarão, além da apreensão
dos equipamentos de pesca.
O Defeso do Camarão é regulamentado pela Instrução Normativa
IBAMA nº189/2008. A cadeia produtiva, que inclui pessoas físicas ou jurídicas
responsáveis pela captura, conservação, beneficiamento, industrialização,
comercialização e transporte de camarões deverá declarar à Superintendência
Estadual do IBAMA, uma relação detalhada do estoque das espécies existentes,
indicando os locais de armazenamento.
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