Fantástico denuncia empresas de fachadas, criadas para vender de tudo e prestarem os mais variados serviços. Relação entre políticos e maus empresários só alimenta a imoralidade e a corrupção no Brasil. Na lista de irregularidades tem até servidor público
atuando como empresário.
Uma prática que só alimenta a corrupção e a imoralidade na administração
pública no Brasil tem sido alvo de inúmeras denúncias do programa Fantástico da
Rede Globo: a contratação de empresas de fachada.
Sem uma atividade fim principal, vendem de tudo, do
alfinete ao foguete, de gênero alimentício a material de construção, além de
prestarem serviços dos mais variados, de atividades paisagísticas a aluguel de
carros.
Muitas dessas empresas são criadas com uma única
finalidade, se tornarem ratazanas de licitações. Se aproximam dos políticos
para oferecerem vantagens e se aproveitam de tráfico de influência.
Na lista de irregularidades tem até servidor público atuando
como empresário. “É vedado para o servidor público ter negócios com o órgão que
o paga”, informa Paulo Sousa, procurador do Ministério Público de Contas.
Neste domingo, 22/06, o fantástico denunciou um esquema
envolvendo políticos da cidade de Parauapebas, no Pará. Lá um dono de
Supermercado de tanta venda superfaturada, se enveredou em incrementar a oferta de serviços. O supermercado
passou a alugar carro, resultado, dos 40 veículos declarados em nota por mês
pela locação, apenas oito existiam.
Em 26 de abril deste ano o Fantástico mostrou a farra no
aluguel de carros em Boa Vista, Roraima. Uma loja de rações alugando carro para o Poder Público. A justificativa era que no contrato social da loja de
rações consta a possibilidade de aluguel de carros. Mas nesse caso o serviço de
aluguel de carro nunca foi prestado.
Como se vê, são maus empresários, que criam empresas e as
entopem de atividades no contato social, sem sequer ter vocação para tais
finalidades. Empresas de fachada que tiram a oportunidade de empresários
vocacionados em vender ou prestar um serviço com excelência nas áreas que se propõe.
Quase sempre essas empresas não existem em seus endereços declarados, quase sempre não vendem, mas pagam seus impostos
para não ficarem ao arrepio da lei. Existem perante a lei,
mas não pregam um princípio básico na administração, a moralidade.
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