Na madrugada de sábado para domingo (18-10), à
meia-noite, milhões de brasileiros terão que adiantar os relógios em uma hora.
É o início da temporada 2015/2016 do horário de verão nos estados do Rio Grande
do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, Espírito
Santo, de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito
Federal.
O principal objetivo da medida é, segundo o Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a redução da demanda no período de ponta,
entre as 18h e as 21h. A estratégia é aproveitar a intensificação da luz
natural ao longo do dia durante o verão para reduzir o gasto de energia. Entre
os meses de outubro e fevereiro, os dias têm maior duração em algumas regiões,
por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a luminosidade natural pode
ser melhor aproveitada.
Segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME), o
horário de verão representa uma redução da demanda, em média, de 4% a 5% e
poupa o país de sofrer as consequências da sobrecarga na rede durante a estação
mais quente do ano, onde o uso de eletricidade para refrigeração,
condicionamento de ar e ventilação atinge o pico.
De acordo com o MME, quando a demanda diminui, as
empresas que operam o sistema conseguem prestar um serviço melhor ao
consumidor, porque as linhas de transmissão ficam menos sobrecarregadas. Para
as hidrelétricas, a água conservada nos reservatórios pode ser importante no
caso de uma estiagem futura. Para os consumidores em geral, o combustível ou o
carvão mineral que não precisou ser usado nas termelétricas evita ajustes
tarifários.
Segundo o ONS, no horário de verão 2014/2015, a redução
da demanda no horário de ponta foi cerca de 2.035 megawatts (MW) no subsistema
Sudeste/Centro-Oeste, equivalente ao dobro do consumo de Brasília em todo o
período em que esteve em vigor. No Subsistema Sul, a redução foi 645 MW,
correspondendo a uma economia de 4,5%.
Os ganhos obtidos pela redução do consumo de energia
global, que leva em conta todas as horas do dia, foram de cerca de 200 MW
médios no Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o que equivale ao consumo mensal da
cidade de Brasília, e 65 MW médios no Subsistema Sul, equivalente ao consumo
mensal de Florianópolis.
De acordo com a assessoria de imprensa do ONS, a
estimativa de economia para o horário de verão 2015/2016 será divulgada nos
próximos dias e não deve ser muito diferente do ano passado.
Atualmente, o horário brasileiro de verão é regulamentado
pelo Decreto 8.112, de 30 de setembro de 2013, que revisou o Decreto nº 8.556,
de 8 de setembro de 2008. Ele começa sempre no terceiro domingo do mês de
outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro do ano subsequente, exceto
quando coincide com o carnaval, caso em que é postergado para o domingo
seguinte.
Fonte: Agência Brasil
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