sábado, 15 de maio de 2010

Bernardinho fala sobre liderança e motivação em palestra na Conferência Distrital do Rotary em Araruama

Blog estava presente e ouviu o que disse o técnico mais vitorioso da história do vôlei brasileiro. Aos 50 anos de idade, Bernardinho construiu uma carreira brilhante, e é conhecido e respeitado em todo o mundo.


Bernardinho chegou à Unicam pilotando o próprio helicóptero

Já próximo do auditório teve que dar muitos autógrafos. A palestra foi dirigida a centenas de rotarianos, além de convidados.

Imagens da área externa da Universidade Cândito Mendes

Como parte da programação da XXV Conferência Distrital do Rotary Internacional, conferência do amor e da paz, que acontece em Araruama (RJ), de 14 a 16 de maio, na Universidade Cândido Mendes, chamou a atenção do Blog a palestra proferida por Bernardo Rocha de Rezende, o Bernardinho, técnico da Seleção Brasileira Masculina de Volei, que se destaca por se um profissional extremamente perfeccionista e determinado em tudo que costuma fazer. Inovador, competente e muito dedicado, Bernardinho já soma vários títulos internacionais comandando as seleções feminina e masculina. Desde que assumiu o time masculino disputou 21 torneios, conquistou 17 e levou a equipe a 20 finais. Entre os diversos títulos conquistados, vale ressaltar o hexacampeonato da Liga Mundial, o bicampeonato Mundial de Vôlei (2002 e 2006) e a medalha de ouro na Olimpíada de Atenas 2004. Tais feitos o credenciam como o melhor técnico do mundo, independente do esporte, e referência em liderança, motivação e gestão de times vencedores.

Em sua palestra, Bernardinho aborda temas como a administração de equipes, o planejamento em busca de objetivos e a diversificação de fatores profissionais e emocionais. Com o tema "A roda da excelência", a palestra segue o seguinte roteiro: trabalho em equipe, liderança, motivação, disciplina, concentração, comunicação, comportamento e definição de metas. Bernardinho conta também algumas passagens marcantes em sua vida, valores obtidos com o esporte, desafios, dedicação, amor e garra.

Visto como um chefe enérgico e ao mesmo tempo amigo, o técnico é um pai presente e ao mesmo tempo vive percorrendo o mundo. Ele diz que não existe uma fórmula pronta. “Não há um passo a passo, tem que valorizar o estudo, o planejamento”, ensina.

“Todos fazemos parte de um time, e o esporte ilustra bem essas informações”, afirma Bernardinho. O treinador que lançou o livro “Transformando Suor em Ouro”, conta toda a sua trajetória. Ele diz que teve que aprender a lidar com seu temperamento. “Eu era excessivamente intenso, muitas vezes deixei que minha emoção tomasse conta, que meu excesso de vontade me prejudicasse”, explica.

“Com tempo, experiência e certa maturidade, aprendi a direcionar e controlar. O título já traz a imagem de que ninguém consegue conquistar nada sem trabalho e dedicação”.

De uma família de cinco irmãos, Bernardinho costuma dizer que já nasceu em um time. “Em Copacabana, comecei a jogar vôlei na praia, lá era um celeiro de atletas. Conquistei a prata em Los Angeles como jogador, fui campeão do mundo em 2002 como técnico. São lembranças fantásticas que tive a oportunidade de ter”, recorda.

O técnico critica os atletas insatisfeitos com posições de reserva. “Muitas vezes os jogadores da reserva não se sentem parte da equipe. Alguns não se conformam com a reserva, mas isso não deve virar uma rebeldia, tem que entender sua posição e ficar pronto para quando a oportunidade aparecer”, comenta.

Na qualidade de representante do Rotary São Francisco, como presidente, este blogueiro confessa que teve uma rara oportunidade em poder compartilhar da palestra assistida por centenas de rotarianos.

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