quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Bancários fazem manifestação anunciando greve por tempo indeterminado

Fotos: Ascom/Sindicato.


Os membros do Sindicato dos Bancários de Campos realizaram uma manifestação na manhã desta quinta-feira, dia 16, em frente a uma agência bancária no centro, anunciando que a partir da próxima semana farão greve de 24 horas e que no final do mês entram em greve por tempo indeterminado, já que os banqueiros estão irredutíveis e não querem conceder reajuste para os trabalhadores, que tem data-base, neste mês de setembro.A exemplo das manifestações ocorridas anteriormente na região, esta também contou com o apoio dos funcionários da Agência, que retardaram a entrada na unidade para que pudessem participar de reunião com os Diretores do Sindicato. Durante o Ato foi denunciada à população a pressão que os bancários sofrem diariamente para cumprirem metas absurdas e as conseqüências destas cobranças na saúde dos bancários. As altas tarifas, os juros altos e a necessidade de ampliação do horário de atendimento ao público foram outros assuntos tratados e debatidos com a população, funcionários clientes e usuários da agência. De acordo com o presidente do Sindicato, Rafanele Alves Pereira, ontem membros do Comando Nacional dos Bancários estiveram reunidos com representantes da Fenaban para mais uma rodada de negociação e não houve avanço. Nas três primeiras rodadas de negociação, os bancos mantiveram uma posição de intransigência e rejeitaram as principais reivindicações apresentadas pelos trabalhadores, como o fim das metas abusivas, o combate ao assédio moral, a garantia de emprego, mais contratações e segurança contra assaltos e sequestros. "Os bancos não estão levando a sério nossas reivindicações. A intransigência da Fenaban está empurrando os bancários para a greve", adverte o líder sindical.Os bancários defendem um reajuste salarial de 11%, uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil e piso salarial de R$ 2.157, além de um salário-mínimo no tíquete-refeição, na cesta-alimentação e no auxílio creche/babá (R$510). Na quinta (16) estarão na pauta a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), tíquete-refeição, auxílio-alimentação e auxílio-creche.. Rafanele Alves destacou que os representantes da Fenaban declararam que o piso dos bancários “já é muito alto”. “Uma família não consegue sobreviver com um salário bruto de R$ 1.074. E um setor que lucra cerca de R$25 bilhões em seis meses tem todas as condições. Os números, no entanto, contrariam os argumentos dos banqueiros. A economia brasileira deve crescer mais de 7% este ano e a situação dos bancos é ainda melhor. Apenas as cinco maiores instituições financeiras (BB, Itaú, Bradesco, Caixa e Santander) tiveram lucro líquido de R$ 21,3 bilhões no primeiro semestre. Foi um crescimento de 32% em relação ao lucro do mesmo período do ano passado. Praticamente a cada dois anos, os bancos dobram de tamanho - um ganho sem paralelo no mundo.

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